HEIDEGGER LEITOR DE HUSSERL: SOB A SOMBRA DA FENOMENOLOGIA
Este artigo busca apresentar as fenomenologias de Husserl e de Heidegger não como dois caminhos isolados na construção do que ulteriormente representou a tradição fenomenológica, mas, ao contrário, identificando pontos de intersecção entre estes dois autores. Para isso recorre ao texto Mein Weg in d...
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Universidade Federal de Sergipe
2018-12-01
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Series: | Prometeus: Filosofia em Revista |
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doaj-abc8904458f84070a7fe9102628ef5322020-11-24T22:05:38ZengUniversidade Federal de SergipePrometeus: Filosofia em Revista2176-59602018-12-010286070HEIDEGGER LEITOR DE HUSSERL: SOB A SOMBRA DA FENOMENOLOGIAJosé Reinaldo Felipe Martins Filho0Pontifícia Universidade Católica de Goiás Instituto de Filosofia e Teologia de GoiásEste artigo busca apresentar as fenomenologias de Husserl e de Heidegger não como dois caminhos isolados na construção do que ulteriormente representou a tradição fenomenológica, mas, ao contrário, identificando pontos de intersecção entre estes dois autores. Para isso recorre ao texto Mein Weg in die Phänomenologie, de Heidegger, publicado em 1963, no qual o já septuagenário filósofo recorre ao seu itinerário pessoal junto à fenomenologia e ao quanto a obra e, posteriormente, a figura de Husserl se mostrariam marcantes na elaboração de seu pensamento – desde suas iniciais intuições como estudante de teologia, passando pelos primeiros anos como professor universitário e culminando na publicação de Sein und Zeit. O reconhecimento deste itinerário exige, porquanto, que a obra de Heidegger seja enxergada em sua relação com a fenomenologia husserliana, donde não apenas recebera o método necessário para a instauração de uma ontologia fundamental, mas a radicalidade inerente à própria atividade filosofante, isto é, o direcionamento às coisas mesmas (Sache selbst) e, por ele, à essência do pensamento, à coisa do pensar (Sache des Denkens).https://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/7298 |
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Este artigo busca apresentar as fenomenologias de Husserl e de Heidegger não como dois caminhos isolados na construção do que ulteriormente representou a tradição fenomenológica, mas, ao contrário, identificando pontos de intersecção entre estes dois autores. Para isso recorre ao texto Mein Weg in die Phänomenologie, de Heidegger, publicado em 1963, no qual o já septuagenário filósofo recorre ao seu itinerário pessoal junto à fenomenologia e ao quanto a obra e, posteriormente, a figura de Husserl se mostrariam marcantes na elaboração de seu pensamento – desde suas iniciais intuições como estudante de teologia, passando pelos primeiros anos como professor universitário e culminando na publicação de Sein und Zeit. O reconhecimento deste itinerário exige, porquanto, que a obra de Heidegger seja enxergada em sua relação com a fenomenologia husserliana, donde não apenas recebera o método necessário para a instauração de uma ontologia fundamental, mas a radicalidade inerente à própria atividade filosofante, isto é, o direcionamento às coisas mesmas (Sache selbst) e, por ele, à essência do pensamento, à coisa do pensar (Sache des Denkens). |
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