A quebra do paradigma “Sentido Da Colonização”: notas sobre o debate historiográfico do Brasil Colonial, Antigo Sistema Colonial e Antigo Regime nos Trópicos.
Resumo: Este artigo retoma as bases historiográficas de duas correntes brasileiras: Antigo Sistema Colonial e Antigo Regime nos Trópicos. Buscamos compreendê-las epistemologicamente com o intuito de explicar as características do acalorado debate historiográfico atual. Analisamos as bases de fundaçã...
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doaj-abc70a1729bb442495c4ab2557d36b262020-11-24T20:48:53ZspaUniversidade Federal de São PauloAlmanack2236-46331524529310.1590/2236-463320171507S2236-46332017000100245A quebra do paradigma “Sentido Da Colonização”: notas sobre o debate historiográfico do Brasil Colonial, Antigo Sistema Colonial e Antigo Regime nos Trópicos.Wesley Dartagnan SallesResumo: Este artigo retoma as bases historiográficas de duas correntes brasileiras: Antigo Sistema Colonial e Antigo Regime nos Trópicos. Buscamos compreendê-las epistemologicamente com o intuito de explicar as características do acalorado debate historiográfico atual. Analisamos as bases de fundação da corrente “paulista”, as principais teses que compõem a compreensão do passado colonial, a partir da consolidação das pesquisas de Fernando Novais. Explicamos alguns dos pontos que direcionaram a construção de sua obra A Crise do Antigo Sistema Colonial, tais como o marxismo/estruturalismo, a longa duração braudeliana etc. Demonstramos que, posteriormente à consolidação de sua obra, surgiram críticas, principalmente, depois da década de 90, a partir das teses de João Fragoso e Manolo Florentino, e em 2001 a criação do grupo Antigo Regime nos trópicos. Ressaltamos as influências que esse grupo sofreu (tais como a do historiador português Antônio Manuel Hespanha e do filósofo francês Foucault), os desafios historiográficos lançados por esse grupo e, sobretudo, mas, também os desenlaces advindos de sua tese, tais como a exclusão dos estudos referentes à escravidão. Atrelamos o desenvolvimento do grupo às críticas pós-modernas, ao neoliberalismo e à conjuntura econômica dos últimos anos. Nossa hipótese é a de que o surgimento do grupo “carioca” explica-se pelo contexto da década de 1990 e 2000, no qual procura-se entender os problemas brasileiros. Em conjunto com as propostas políticas adotadas, notadamente ligadas ao neoliberalismo, a tese é a de que os problemas do Brasil existiam devido a uma longa duração da desigualdade social, fruto do acúmulo interno de capitais, de maneira hierarquizada. Em suma, o problema não estava no capitalismo externo, como procurou explicar Novais e grande número de autores nas décadas de 1950, 60 e 70.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-46332017000100245&lng=en&tlng=enColonial Historiograficeconomic historypolicial historic. |
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Resumo: Este artigo retoma as bases historiográficas de duas correntes brasileiras: Antigo Sistema Colonial e Antigo Regime nos Trópicos. Buscamos compreendê-las epistemologicamente com o intuito de explicar as características do acalorado debate historiográfico atual. Analisamos as bases de fundação da corrente “paulista”, as principais teses que compõem a compreensão do passado colonial, a partir da consolidação das pesquisas de Fernando Novais. Explicamos alguns dos pontos que direcionaram a construção de sua obra A Crise do Antigo Sistema Colonial, tais como o marxismo/estruturalismo, a longa duração braudeliana etc. Demonstramos que, posteriormente à consolidação de sua obra, surgiram críticas, principalmente, depois da década de 90, a partir das teses de João Fragoso e Manolo Florentino, e em 2001 a criação do grupo Antigo Regime nos trópicos. Ressaltamos as influências que esse grupo sofreu (tais como a do historiador português Antônio Manuel Hespanha e do filósofo francês Foucault), os desafios historiográficos lançados por esse grupo e, sobretudo, mas, também os desenlaces advindos de sua tese, tais como a exclusão dos estudos referentes à escravidão. Atrelamos o desenvolvimento do grupo às críticas pós-modernas, ao neoliberalismo e à conjuntura econômica dos últimos anos. Nossa hipótese é a de que o surgimento do grupo “carioca” explica-se pelo contexto da década de 1990 e 2000, no qual procura-se entender os problemas brasileiros. Em conjunto com as propostas políticas adotadas, notadamente ligadas ao neoliberalismo, a tese é a de que os problemas do Brasil existiam devido a uma longa duração da desigualdade social, fruto do acúmulo interno de capitais, de maneira hierarquizada. Em suma, o problema não estava no capitalismo externo, como procurou explicar Novais e grande número de autores nas décadas de 1950, 60 e 70. |
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