Summary: | O futebol de alto rendimento vem se tornando cada vez mais rentável, portanto, observa-se cada vez mais uma maior valorização direcionada aos atletas que são a base de qualquer esporte. Este estudo compara a forma de gestão mais assertiva na formação de atletas de alto nível, seja clube empresa ou o clube tradicional. No clube tradicional está presente a gestão mais comum do país, onde a equipe é coordenada como uma associação sem fins lucrativos, já o clube empresa é gerido como uma sociedade comercial que possui como principal interesse, o lucro financeiro. Foram analisados o total de 138 atletas brasileiros, com idades entre 15 e 40 anos, que durante o período de 2017 e 2018 atuaram em algumas das 20 melhores equipes do ranking da International Federation of Football History & Statistics (IFFHS) de 2017, e também foi observado o clube em que cada atleta foi formado, verificando assim a forma de gestão deste clube. Os resultados indicam duas informações relevantes: 1) a centralização vivida atualmente pelo futebol de alto rendimento no Brasil, sendo que dos vinte clubes da primeira divisão do campeonato Brasileiro de 2018, 18 são de capitais; 2) foi indicado também uma disparidade entre as duas formas de gestão, já que de todos os atletas pesquisados, 123 se formaram em clubes tradicionais e 15 atletas em clubes empresas. Observamos que a gestão tradicional é a mais assertiva na formação de atletas de alto nível, no entanto é de suma importância considerar que há um número muito maior de equipes com uma gestão tradicional do que com a gestão empresarial.
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