Summary: | INTRODUÇÃO: Durante a gravidez, ocorrem intensas modificações no organismo materno, desencadeadas por alterações hormonais. À medida que a gestação progride, a ação hormonal em tecidos conjuntivos, associada a alterações biomecânicas para crescimento uterino podem causar o afastamento da musculatura abdominal (diástase dos músculos retos abdominais), que se estende no período pós-parto, sendo considerada diástase a separação maior que 3 cm. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi confrontar a relação entre o valor das medidas da diástase dos abdominais com variáveis obstétricas em puérperas de maternidades públicas de João Pessoa. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionadas 100 puérperas de acordo com os critérios de inclusão: idade fértil, em puerpério imediato e que durante a internação não tenham recebido atendimento fisioterapêutico para correção da diástase. Fez-se o levantamento dos antecedentes obstétricos e clínicos por meio de um questionário. Posteriormente, avaliou-se a diástase com um paquímetro digital. Para analisar a correlação significativa entre o evento e as variáveis, foi aplicado o teste do qui-quadrado. RESULTADOS: As puérperas que apresentaram a diástase eram multíparas, multigestas, com idade entre 19 e 30 anos, tendo seus filhos por meio de partos normais, com intervalos curtos entre as gestações. Quanto à localização, houve maior incidência da diástase supraumbilical associada à separação umbilical. CONCLUSÃO: A diástase é uma condição expressiva, visto que 56 apresentaram-na. Assim, observa-se a necessidade de uma avaliação mais criteriosa das gestantes pelos profissionais de saúde para que haja intervenção precoce, por meio de um protocolo de atendimento, durante o pré-natal, já que traz risco para a mãe e para a futura gestação.
|