Summary: | O texto tem três camadas. A primeira apresenta a construção semântica do conceito filosófico de "humanismo" a partir dos artiens medievais (século XIII), chegando ao seu clímax na Renascença, identificado com a obra de Pico de La Mirândola e sua mística da "suficiência e dignidade da natureza humana". A segunda camada do texto é a crítica que o reformador Lutero e o jansenista Pascal fazem ao "humanismo" e sua mística, concentrando essa crítica na idéia de que nada no comportamento humano sustenta um tal conceito, e que, portanto, se trata de uma abstração sem fundamento, e não de um fato empírico. Na terceira e última camada, analisam-se os desdobramentos desse embate, indicando que, possivelmente, os críticos cristãos do humanismo teriam acertado na sua dúvida com relação à viabilidade de um tal "culto ridículo da natureza humana".<br>The text has three levels. On the first level, we follow the semantic construction of the philosophical concept of "humanism", from the artiens in the 13 th Century up to Pico de La Mirandola and his mysticism of "human nature dignity and sufficiency" in the Renaissance. On the second level, we examine Luther's and Pascal's criticism of "humanism", showing that human behavior gives no empirical support for such abstract mysticism. Last but not least, on a third level, we argue that the Christian critics of humanism seemed to be right in doubting the viability of such "ridiculous worship of human nature".
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