Summary: | O presente trabalho se propõe a analisar os impactos da “reforma trabalhista” aprovada pelo Congresso Nacional Brasileiro na vida das trabalhadoras brasileiras. O enfoque na questão de gênero mostra-se necessário em virtude das diferenças existentes na realidade social e política entre homens e mulheres, pois estas, além de receberem salários menores que seus colegas de trabalho, no exercício da mesma função, ainda têm que arcar com a assim chamada “dupla e/ou tripla jornada” no âmbito familiar. Desta forma, a despeito de a reforma não fazer distinção explícita entre gêneros, o estudo apontará como as mudanças propostas serão sentidas de maneira mais profunda pelas mulheres e como as condições laborais onde estas estão inseridas experimentarão singular precarização tendo em vista os direitos que outrora foram adquiridos através das lutas sociais. Por considerações finais propõe-se a reflexão sobre o papel da mulher nas relações de trabalho, seus desafios e retirada de direitos que tal “reforma” apresenta em sua proposição, além de significar um retrocesso no âmbito do direito e do desenvolvimento social e humano no tocante às políticas de igualdade e equidade.
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