Summary: | O presente ensaio tem por objetivo analisar aspectos da formação da nação brasileira, bem como, aspectos relativos à formação e desenvolvimento do pensamento científico e social no Brasil e o papel atribuído à educação nesse processo. Procura compreender a educação como projeto em permanente disputa entre os diversos atores sociais e reivindicada como fundamental para o progresso da nação, sem, contudo, oportunizar os recursos devidos para ofertá-la ao conjunto da população. Também busca compreender a educação como atividade mediadora no seio da prática social global. A constituição e o desenvolvimento do pensamento científico e social são entendidos em sua estreita relação que têm com o desenvolvimento socioeconômico. O Brasil tem, em sua formação inicial, a hegemonia de uma elite escravocrata que se mantém à custa da exploração do trabalho escravo, seguida de uma elite agroindustrial, depois industrial, que se constituiu, se manteve e se mantém por meio da exploração dos trabalhadores assalariados. A nação brasileira carrega em sua história a lógica da exclusão, do elitismo, do pouco caso com as questões sociais, dentre elas, a educação. Contudo, as condições sociais e culturais, que servem de suporte e oferecem meios favoráveis de desenvolvimento ao saber racional, começam a constituir-se em ritmo regular, na sociedade brasileira, a partir do início do século XIX, estendendo-se lentamente até os dias atuais.
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