Déficit ou diferença? Um estudo sobre o autismo em pesquisas educacionais
O autismo foi identificado por volta de 1940 e desde essa época sua abordagem pauta-se em critérios diagnósticos que o explicam a partir de dificuldades, déficits ou atrasos, de acordo com o modelo médico. A partir dos anos 2000, surgem outros modos de pensar o autismo, como o movimento da neurod...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2019-12-01
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Series: | Revista Educação Especial |
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Online Access: | https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/38975/pdf |
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doaj-aa1978fd737842a2a160a046096985232020-11-25T01:36:21ZporUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM)Revista Educação Especial1808-270X1984-686X2019-12-0132112110.5902/1984686X38975Déficit ou diferença? Um estudo sobre o autismo em pesquisas educacionaisAndrea Soares Wuo0Fabiana Batista Yaedu1Sheila Wayszceyk2Professora doutora na Fundação Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Santa Catarina, BrasilMestranda na Fundação Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Santa Catarina, BrasilGraduanda na Fundação Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Santa Catarina, Brasil.O autismo foi identificado por volta de 1940 e desde essa época sua abordagem pauta-se em critérios diagnósticos que o explicam a partir de dificuldades, déficits ou atrasos, de acordo com o modelo médico. A partir dos anos 2000, surgem outros modos de pensar o autismo, como o movimento da neurodiversidade, com o intuito de superar as dicotomias entre o normal e o patológico e compreender o autismo como diferença. Com base nos estudos críticos sobre o autismo, este artigo buscou analisar, por meio de revisão de literatura, as explicações sobre autismo em teses e dissertações sobre inclusão escolar, produzidas entre 2008 e 2018. Foram encontradas 106 produções, 52 relacionadas à área da educação e 22 que compuseram o corpus deste artigo. As pesquisas foram categorizadas a partir de dois modelos: médico e crítico. Os resultados revelam que a maioria dos estudos se orienta pelo modelo médico e, dentre aqueles que se inserem na categoria “modelo crítico”, as explicações perpassam diferentes abordagens teóricas, como a fenomenologia, a psicologia histórico-cultural e a psicanálise. Analisar as pesquisas trouxe uma multiplicidade de narrativas sobre o autismo e a percepção de que cabe romper com a naturalização dos discursos e a hierarquização das ciências naturais sobre as humanas, garantindo reconhecimento do outro como sujeito de direito e ator social.https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/38975/pdfautismoestudos críticospesquisa educacional |
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Andrea Soares Wuo Fabiana Batista Yaedu Sheila Wayszceyk |
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O autismo foi identificado por volta de 1940 e desde essa época sua abordagem pauta-se
em critérios diagnósticos que o explicam a partir de dificuldades, déficits ou atrasos, de
acordo com o modelo médico. A partir dos anos 2000, surgem outros modos de pensar o
autismo, como o movimento da neurodiversidade, com o intuito de superar as dicotomias
entre o normal e o patológico e compreender o autismo como diferença. Com base nos
estudos críticos sobre o autismo, este artigo buscou analisar, por meio de revisão de
literatura, as explicações sobre autismo em teses e dissertações sobre inclusão escolar,
produzidas entre 2008 e 2018. Foram encontradas 106 produções, 52 relacionadas à área
da educação e 22 que compuseram o corpus deste artigo. As pesquisas foram
categorizadas a partir de dois modelos: médico e crítico. Os resultados revelam que a
maioria dos estudos se orienta pelo modelo médico e, dentre aqueles que se inserem na
categoria “modelo crítico”, as explicações perpassam diferentes abordagens teóricas, como
a fenomenologia, a psicologia histórico-cultural e a psicanálise. Analisar as pesquisas
trouxe uma multiplicidade de narrativas sobre o autismo e a percepção de que cabe romper
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