ESTUDO DAS COBERTURAS SUPERFICIAIS NA INTERFACE CERRADO-VEREDA NO NORTE DE MINAS GERAIS
<p>Embora sejam contempladas por pesquisas que abordam seus diversos aspectos naturais, com ênfase biológica, as veredas carecem de estudos sobre suas coberturas superficiais e das encostas associadas, incluindo os solos. Este estudo buscou analisar essas coberturas e suas relações com a dinâm...
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União da Geomorfologia Brasileira
2015-09-01
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Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
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doaj-a9a9ea8dde3843008bdb9f37e477dc582021-09-28T18:05:44ZengUnião da Geomorfologia BrasileiraRevista Brasileira de Geomorfologia1519-15402236-56642015-09-0116310.20502/rbg.v16i3.765334ESTUDO DAS COBERTURAS SUPERFICIAIS NA INTERFACE CERRADO-VEREDA NO NORTE DE MINAS GERAISWalter Viana Neves0Eduardo Pagliaroni Menezes1Fabio Soares de Oliveira2Cristina Helena Rocha Ribeiro Augustin3Paulo Roberto Antunes Aranha4Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas GeraisInstituto de Geociências, Universidade Federal de Minas GeraisDepartamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas GeraisDepartamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas GeraisDepartamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais<p>Embora sejam contempladas por pesquisas que abordam seus diversos aspectos naturais, com ênfase biológica, as veredas carecem de estudos sobre suas coberturas superficiais e das encostas associadas, incluindo os solos. Este estudo buscou analisar essas coberturas e suas relações com a dinâmica do canal fluvial, tendo como área de investigação a vereda/rio Peruaçu, afluente do Rio São Francisco, localizada no norte de Minas Gerais. Estudos dessa natureza podem elucidar mecanismos hidrogeomorfológicos presentes no desenvolvimento e manutenção da água no canal, bem como nas características e especificidades das coberturas superficiais. A metodologia envolveu a identificação e caracterização de uma vertente na zona de cabeceira através de medidas e observações ao longo de um transecto. Essas observações e medidas foram realizadas tanto em tradagens (3) até o limite da zona saturada, como em trincheiras (perfis) superficiais (4), para detalhamento da cobertura pedológica. Análises laboratoriais incluíram: granulometria, pH, química de rotina, difratometria de Raios-X (DRX) e descrição micromorfológica. Os resultados indicam a predominância de areia em toda a cobertura, como esperado, uma vez que a mesma é formada por arenitos do Grupo Urucuia, do Cretáceo. No entanto, a distribuição das areias não é regular ao longo da vertente, com percentagens menores e mais finas nas camadas superiores, acompanhado por maior percentual de argila. O oposto é verificado no domínio da vereda, que apresenta acúmulo de argila e diminuição das areias grossas nas camadas superiores, apontando para a migração das frações de argila das porções superiores do relevo para as mais baixas, possivelmente através da influência da flutuação sazonal do freático. Os dados mineralógicos apontam a predominância de quartzo e caulinita, com ausência de argilas do tipo 2:1, que indica intemperismo profundo das rochas do substrato. O comportamento da relação AF/AG indicou também que as coberturas presentes na vertente possuem homogeneidade composicional, apontando para o fato de que, nas encostas, o material é eluvial. O oposto foi identificado no fundo do canal, o que corrobora o fato de que nesta zona a dinâmica hidrogeomorfológica é maior. O conjunto dos resultados permite assumir que a hidrodinâmica geomorfológica tem um papel importante na redistribuição dos materiais das coberturas superficiais ao longo da vertente, influenciando os processos pedogenéticos e mesmo fluviais da vereda estudada.</p>http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/765material superficial da vertentedinâmica hidrogeomorfológicaveredas |
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Walter Viana Neves Eduardo Pagliaroni Menezes Fabio Soares de Oliveira Cristina Helena Rocha Ribeiro Augustin Paulo Roberto Antunes Aranha ESTUDO DAS COBERTURAS SUPERFICIAIS NA INTERFACE CERRADO-VEREDA NO NORTE DE MINAS GERAIS Revista Brasileira de Geomorfologia material superficial da vertente dinâmica hidrogeomorfológica veredas |
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<p>Embora sejam contempladas por pesquisas que abordam seus diversos aspectos naturais, com ênfase biológica, as veredas carecem de estudos sobre suas coberturas superficiais e das encostas associadas, incluindo os solos. Este estudo buscou analisar essas coberturas e suas relações com a dinâmica do canal fluvial, tendo como área de investigação a vereda/rio Peruaçu, afluente do Rio São Francisco, localizada no norte de Minas Gerais. Estudos dessa natureza podem elucidar mecanismos hidrogeomorfológicos presentes no desenvolvimento e manutenção da água no canal, bem como nas características e especificidades das coberturas superficiais. A metodologia envolveu a identificação e caracterização de uma vertente na zona de cabeceira através de medidas e observações ao longo de um transecto. Essas observações e medidas foram realizadas tanto em tradagens (3) até o limite da zona saturada, como em trincheiras (perfis) superficiais (4), para detalhamento da cobertura pedológica. Análises laboratoriais incluíram: granulometria, pH, química de rotina, difratometria de Raios-X (DRX) e descrição micromorfológica. Os resultados indicam a predominância de areia em toda a cobertura, como esperado, uma vez que a mesma é formada por arenitos do Grupo Urucuia, do Cretáceo. No entanto, a distribuição das areias não é regular ao longo da vertente, com percentagens menores e mais finas nas camadas superiores, acompanhado por maior percentual de argila. O oposto é verificado no domínio da vereda, que apresenta acúmulo de argila e diminuição das areias grossas nas camadas superiores, apontando para a migração das frações de argila das porções superiores do relevo para as mais baixas, possivelmente através da influência da flutuação sazonal do freático. Os dados mineralógicos apontam a predominância de quartzo e caulinita, com ausência de argilas do tipo 2:1, que indica intemperismo profundo das rochas do substrato. O comportamento da relação AF/AG indicou também que as coberturas presentes na vertente possuem homogeneidade composicional, apontando para o fato de que, nas encostas, o material é eluvial. O oposto foi identificado no fundo do canal, o que corrobora o fato de que nesta zona a dinâmica hidrogeomorfológica é maior. O conjunto dos resultados permite assumir que a hidrodinâmica geomorfológica tem um papel importante na redistribuição dos materiais das coberturas superficiais ao longo da vertente, influenciando os processos pedogenéticos e mesmo fluviais da vereda estudada.</p> |
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