Summary: | Em algum momento no meio da década de 1960, enquanto eu vocalizava no meu estúdio, tive uma revelação que a voz poderia ter a mesma flexibilidade e gama de movimentos da espinha ou do pé, e que eu poderia construir um vocabulário para minha voz, assim como alguém cria movimentos baseados num corpo em específico. Percebi que na voz existem inúmeras personagens, paisagens, cores, texturas, modos de se produzir sons, mensagens sem palavras. Eu intuitivamente senti o poder rico e milenar do primeiro instrumento humano e, ao explorar suas possibilidades infinitas, senti que voltava ao lar de minha família e de meu sangue.
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