Estudo preliminar de adaptação e validação da Escala de Tolerância à Infidelidade
Objetivo: Em Portugal, não encontrámos estudos e instrumentos que avaliassem, para a população portuguesa, a tolerância à infidelidade. Este estudo preliminar pretendeu, assim, avaliar e adaptar para a população portuguesa a Escala de Tolerância à Infidelidade e explorar associações entre a tolerânc...
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Format: | Article |
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Instituto Superior Miguel Torga
2017-02-01
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Series: | Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social |
Online Access: | http://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/46 |
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doaj-a97d9f31bf99498b98af14db582afd3e2020-11-25T03:23:51ZporInstituto Superior Miguel TorgaRevista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social2183-49382017-02-0131274010.7342/ismt.rpics.2017.3.1.4631Estudo preliminar de adaptação e validação da Escala de Tolerância à InfidelidadeAndreia Filipa Vaqueiro Domingues0Mariana Vaz Pires MarquesSónia Catarina Carvalho SimõesISMT - Instituto Superior Miguel TorgaObjetivo: Em Portugal, não encontrámos estudos e instrumentos que avaliassem, para a população portuguesa, a tolerância à infidelidade. Este estudo preliminar pretendeu, assim, avaliar e adaptar para a população portuguesa a Escala de Tolerância à Infidelidade e explorar associações entre a tolerância à infidelidade, variáveis sociodemográficas, relacionais e relativas à infidelidade, autocriticismo e autocompaixão. Métodos: 223 participantes (sexo feminino, n = 155; 69,5%), entre os 18 e os 67 anos, preencheram um questionário sociodemográfico e com questões relacionais e relativas à infidelidade, a Escala de Tolerância à Infidelidade, a Escala de Autocompaixão e a Escala das Formas do Autocriticismo e de Autotranquilização. Resultados: A versão adaptada para a população portuguesa da Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou apresentar duas dimensões: tolerância à infidelidade sexual e tolerância à infidelidade emocional. Ambas revelaram boa consistência interna (respetivamente, α = 0,896; α = 0,878). A tolerância à infidelidade sexual revelou boa estabilidade temporal e a tolerância à infidelidade emocional muito boa estabilidade temporal. Não se verificaram diferenças nas duas dimensões por sexo, embora tenham sido encontradas diferenças em algumas dimensões das escalas que avaliam autocompaixão e autocriticismo. Os participantes casados ou em união de facto apresentaram maior tolerância à infidelidade sexual, por oposição com os solteiros, viúvos, separados e divorciados. Quem relatou não ter tido dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade apresentou maior tolerância à infidelidade sexual e emocional, do que quem expressou dificuldade em perdoar. Conclusões: A Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou possuir boas características psicométricas, podendo ser considerada como válida para ser usada na população portuguesa. Verificou-se, igualmente, que estar casado ou coabitar com alguém parece associar-se a maior tolerância à infidelidade sexual e que quem tem maior dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade, de forma congruente, apresenta menor tolerância à infidelidade. Palavras-chave: tolerância à infidelidade sexual, tolerância à infidelidade emocional, Escala de Tolerância à Infidelidade.http://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/46 |
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Objetivo: Em Portugal, não encontrámos estudos e instrumentos que avaliassem, para a população portuguesa, a tolerância à infidelidade. Este estudo preliminar pretendeu, assim, avaliar e adaptar para a população portuguesa a Escala de Tolerância à Infidelidade e explorar associações entre a tolerância à infidelidade, variáveis sociodemográficas, relacionais e relativas à infidelidade, autocriticismo e autocompaixão.
Métodos: 223 participantes (sexo feminino, n = 155; 69,5%), entre os 18 e os 67 anos, preencheram um questionário sociodemográfico e com questões relacionais e relativas à infidelidade, a Escala de Tolerância à Infidelidade, a Escala de Autocompaixão e a Escala das Formas do Autocriticismo e de Autotranquilização.
Resultados: A versão adaptada para a população portuguesa da Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou apresentar duas dimensões: tolerância à infidelidade sexual e tolerância à infidelidade emocional. Ambas revelaram boa consistência interna (respetivamente, α = 0,896; α = 0,878). A tolerância à infidelidade sexual revelou boa estabilidade temporal e a tolerância à infidelidade emocional muito boa estabilidade temporal. Não se verificaram diferenças nas duas dimensões por sexo, embora tenham sido encontradas diferenças em algumas dimensões das escalas que avaliam autocompaixão e autocriticismo. Os participantes casados ou em união de facto apresentaram maior tolerância à infidelidade sexual, por oposição com os solteiros, viúvos, separados e divorciados. Quem relatou não ter tido dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade apresentou maior tolerância à infidelidade sexual e emocional, do que quem expressou dificuldade em perdoar.
Conclusões: A Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou possuir boas características psicométricas, podendo ser considerada como válida para ser usada na população portuguesa. Verificou-se, igualmente, que estar casado ou coabitar com alguém parece associar-se a maior tolerância à infidelidade sexual e que quem tem maior dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade, de forma congruente, apresenta menor tolerância à infidelidade.
Palavras-chave: tolerância à infidelidade sexual, tolerância à infidelidade emocional, Escala de Tolerância à Infidelidade. |
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