Perversão e ética na clínica psicanalítica
O artigo examina a noção de perversão em psicanálise,questionando certos mitos, como o de que o perverso não está sujeito à angústia e é inacessível ao tratamento psicanalítico. Distingue-se, na metapsicologia freudiana, duas diferentes acepções do termo perversão: uma de alcance estrutural, referen...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Fortaleza
2003-06-01
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Series: | Revista Subjetividades |
Online Access: | https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/1161 |
Summary: | O artigo examina a noção de perversão em psicanálise,questionando certos mitos, como o de que o perverso não está sujeito à angústia e é inacessível ao tratamento psicanalítico. Distingue-se, na metapsicologia freudiana, duas diferentes acepções do termo perversão: uma de alcance estrutural, referente ao caráter perverso polimorfo da sexualidade infantil, e outra, cujo paradigma é o fetichismo, que dá conta de uma sintomatologia peculiar, engendrada pela recusa frente à castração. São examinadas proposições sobre o tema, incluindo as lacanianas que promoveram grande avanço ao estudo. No cenário clínico, é como um discurso perverso na transferência que a perversão é examinada. Este discurso, performativo por excelência, busca do interlocutor que ateste a eficácia da insubmissão à Lei. Algumas formas em que o analista pode ser afetado pelas manobras do discurso perverso são examinadas, em uma reflexão que tem como foco a clínica psicanalítica, e visa contribuir para esclarecer o encaminhamento que pode ser dado pelo analista ao tratamento destes pacientes. Palavras-chave: perversão, recusa, angústia, castração, fetichismo. |
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ISSN: | 2359-0777 2359-0777 |