Observações citológicas em citrus: V. poliploidia em relação à densidade e ao tamanho dos estomas em Citrus e outros gêneros das Aurantioideae.

No presente trabalho dois aspectos diversos são analisados referentes às relações entre poliploidia e os caracteres dos estomas em Citrus e outros gêneros próximos. Na primeira parte analisam-se os dados apresentados por Hirano (5) sôbre a densidade dos estomas em numerosos representantes da sub-fam...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: C. A. Krug, O. Bacchi
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Agronômico de Campinas 1944-01-01
Series:Bragantia
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051944000200004
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publisher Instituto Agronômico de Campinas
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1678-4499
publishDate 1944-01-01
description No presente trabalho dois aspectos diversos são analisados referentes às relações entre poliploidia e os caracteres dos estomas em Citrus e outros gêneros próximos. Na primeira parte analisam-se os dados apresentados por Hirano (5) sôbre a densidade dos estomas em numerosos representantes da sub-família das Aurantioidex à luz da sua constituição citológica. Esperava-se poder explicar a grande variabilidade desta densidade, pela possível existência de formas poliplóides. A contagem dos cromosômios de muitas plantas por êle utilizadas na Estação Experimental de Riverside, Califórnia, e uma extensa pesquisa bibliográfica, visando esclarecer a constituição cromosômica daquelas variedades, espécies e gêneros que não puderam ser analisados, revelaram, porém, que, provàvelmente, apenas no grupo de Citrus aurantifolia Swingle, existem duas variedades triplóides, sendo tôdas as demais diplóides. Sòmente naquele caso é que a variabilidade na densidade dos estornas pôde ser explicada pela diferença no número de cromosômios. No restante do material estudado por Hirano, as diferenças no número de estornas por unidade de área devem ser atribuídas, de preferência, a grande variabilidade da constituição genética. Na segunda parte apresentam-se os resultados de uma detalhada análise sôbre a área dos estomas e a sua variabilidade em formas cítricas di- tri- e tetraplóides, numa tentativa de separar êstes poliplóides sem recorrer à contagem dos cromosômios. Um total de 36 indivíduos pertencendo a 5 espécies diferentes foram estudados. Agrupando-se cs valores obtidos em ordem decrescente de área dos estornas, verifica-se uma série contínua, associando-se, entretanto, os di- tri- e tetraplóides em três grupos separados. Notaram-se diferenças estatisticamente significantes tanto entre as médias dos três grupos, como entre os limites extremos de grupos consecutivos e também dentro dêles. A variabilidade dêste caráter também se manifesta dentro de cada uma da maioria das espécies e grupos di- e tetraplóides. A-pesar disso, entretanto, chegou-se à conclusão de que a determinação da área dos estornas poderá ser útil mesmo no caso em que se queira separar triplóides de tetraplóides, da mesma progênie, conhecendo-se a área dos estornas das respectivas formas diplóides em idênticas condições de meio.<br>In the present article two aspects dealing with the relations of polyploidy and stcmata characters in Citrus and related genera are dealt with. First the data of Hirano (5) concerning stomata density in numerous forms of the sub-family Aurantioidex are analysed in relation to their chromosomal constitution. It was thought that the- great variability of stomata number per unit area, could possibly be explained by differences in chromosome numbers. Chromosome counts of numerous plants utilized by Hirano at the Citrus Exp. Sta., Riverside, California, were made and all available bibliographical informations concerning the cytological constitution of those species and genera were gathered, whose chromosomes could not be counted at Riverside ; it was concluded that all types studied by Hirano, have 18 somatic chromosomes except for two varieties of Citrus aurantifolia, Swingle, which are triploid. This was the only instance in which differences in chromosome numbers where primarily responsable for the differences in stomata density. In the rest of the material the variability of this character must bo due to differences in genetic constitution. In the succeding chapters the results of a detailed analysis of stomata area and its variability in diploid, triploid and tetraploid Citrus forms are presented; this was done in order to find a simple method of identifying these, polyploids without making aciual chromosome counts. A total of 36 individuals of 5 different species were examined. Listing the average stomata areas, starting with the largest and finishing with the smallest, a continous series is obtained, the diploids, triploids and tetraploids being however associated in three groups, no overlapping from one group to the other having been noticed. Significant differences have been found not only between the general averages of the three groups, but also between the extremes at the limits of two succeeding groups and also in each of them. Conspicuous variability of this character is also noticed in each cf most of the species and its diploid and tetraploid groups. In spite of this variability it is concluded that the determination of stomata area can be useful to geneticists and plant breeders working with Citrus, even when one has to distinguish between triploids and tetraploids in the same progeny, if one knows the stomata area of the related diploids grown under identical circumstances.
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A contagem dos cromosômios de muitas plantas por êle utilizadas na Estação Experimental de Riverside, Califórnia, e uma extensa pesquisa bibliográfica, visando esclarecer a constituição cromosômica daquelas variedades, espécies e gêneros que não puderam ser analisados, revelaram, porém, que, provàvelmente, apenas no grupo de Citrus aurantifolia Swingle, existem duas variedades triplóides, sendo tôdas as demais diplóides. Sòmente naquele caso é que a variabilidade na densidade dos estornas pôde ser explicada pela diferença no número de cromosômios. No restante do material estudado por Hirano, as diferenças no número de estornas por unidade de área devem ser atribuídas, de preferência, a grande variabilidade da constituição genética. Na segunda parte apresentam-se os resultados de uma detalhada análise sôbre a área dos estomas e a sua variabilidade em formas cítricas di- tri- e tetraplóides, numa tentativa de separar êstes poliplóides sem recorrer à contagem dos cromosômios. Um total de 36 indivíduos pertencendo a 5 espécies diferentes foram estudados. Agrupando-se cs valores obtidos em ordem decrescente de área dos estornas, verifica-se uma série contínua, associando-se, entretanto, os di- tri- e tetraplóides em três grupos separados. Notaram-se diferenças estatisticamente significantes tanto entre as médias dos três grupos, como entre os limites extremos de grupos consecutivos e também dentro dêles. A variabilidade dêste caráter também se manifesta dentro de cada uma da maioria das espécies e grupos di- e tetraplóides. A-pesar disso, entretanto, chegou-se à conclusão de que a determinação da área dos estornas poderá ser útil mesmo no caso em que se queira separar triplóides de tetraplóides, da mesma progênie, conhecendo-se a área dos estornas das respectivas formas diplóides em idênticas condições de meio.<br>In the present article two aspects dealing with the relations of polyploidy and stcmata characters in Citrus and related genera are dealt with. First the data of Hirano (5) concerning stomata density in numerous forms of the sub-family Aurantioidex are analysed in relation to their chromosomal constitution. It was thought that the- great variability of stomata number per unit area, could possibly be explained by differences in chromosome numbers. Chromosome counts of numerous plants utilized by Hirano at the Citrus Exp. Sta., Riverside, California, were made and all available bibliographical informations concerning the cytological constitution of those species and genera were gathered, whose chromosomes could not be counted at Riverside ; it was concluded that all types studied by Hirano, have 18 somatic chromosomes except for two varieties of Citrus aurantifolia, Swingle, which are triploid. This was the only instance in which differences in chromosome numbers where primarily responsable for the differences in stomata density. In the rest of the material the variability of this character must bo due to differences in genetic constitution. In the succeding chapters the results of a detailed analysis of stomata area and its variability in diploid, triploid and tetraploid Citrus forms are presented; this was done in order to find a simple method of identifying these, polyploids without making aciual chromosome counts. A total of 36 individuals of 5 different species were examined. Listing the average stomata areas, starting with the largest and finishing with the smallest, a continous series is obtained, the diploids, triploids and tetraploids being however associated in three groups, no overlapping from one group to the other having been noticed. Significant differences have been found not only between the general averages of the three groups, but also between the extremes at the limits of two succeeding groups and also in each of them. Conspicuous variability of this character is also noticed in each cf most of the species and its diploid and tetraploid groups. In spite of this variability it is concluded that the determination of stomata area can be useful to geneticists and plant breeders working with Citrus, even when one has to distinguish between triploids and tetraploids in the same progeny, if one knows the stomata area of the related diploids grown under identical circumstances.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051944000200004