Summary: | O presente trabalho buscou identificar as contribuições da entrevista inicial para o processo de psicodiagnóstico. Os objetivos específicos ficaram assim delimitados: Verificar como é conduzido o processo de psicodiagnóstico; verificar como são organizadas as entre-vistas iniciais do psicodiagnóstico; identificar os objetivos principais das entrevistas iniciais; identificar as técnicas e estratégias utilizadas pelos profissionais para condução das entrevistas iniciais; compreender em que medida as entrevistas iniciais podem ser identificadas como fatores-chave do processo de psicodiagnóstico. Para que os objetivos pudessem ser alcança-dos, foi realizada uma pesquisa qualitativa, envolvendo três psicólogos com experiência na condução de processos de avaliação clínica, que apresentavam uma média de 30 anos de for-mação no momento da entrevista, e três estudantes de psicologia, que estavam nos períodos finais do curso de graduação e que realizaram um psicodiagnóstico recentemente. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semidirigidas, a partir de um roteiro. As entrevistas foram gravadas em material de áudio e transcritas na íntegra para posterior análise, com a devida autorização dos entrevistados. Os resultados mostraram que, apesar de todas as etapas do processo de psicodiagnóstico serem importantes, as entrevistas iniciais foram apontadas como fator-chave pela maioria dos entrevistados. Estes mencionaram, ainda, que as entrevis-tas iniciais são a base do processo de psicodiagnóstico, pois elas norteiam sua condução. Além disso, percebeu-se que a entrevista inicial tem como papel acolher o cliente, possibilitar uma apresentação mútua entre os envolvidos no processo, bem como estabelecer o vínculo e a confiança entre estes.
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