Summary: | A concepção de Aprendizagem Desenvolvimental concebida, na ex-União Soviética, a partir da segunda metade da década de 1950, com base nas teses fundamentais de L. S. Vigotski sobre a relação recíproca entre aprendizagem e desenvolvimento, elaborou uma teoria da atividade de estudo que tem como foco o processo de autotransformação do sujeito da atividade, pela via da modificação da atividade externa em atividade subjetiva. O artigo aborda, em primeiro lugar, os diferentes conceitos de sujeito que emergiram no interior dessa teoria (da cognição, das necessidades e motivos, individual e coletivo, da emoção e sujeito como fonte), em especial, a partir do estudo dos aportes de D. B. Elkonin, V. V. Davidov e V. V. Repkin. Em segundo, avalia o conteúdo dos conceitos com base em referencias teóricos pertinentes e a partir de uma aproximação inicial com a Teoria da Subjetividade de González Rey. As análises comprovaram que, mesmo quando a obra dos autores pesquisados aponta no sentido do desenvolvimento de uma concepção de aprendizagem centrada na constituição subjetiva das crianças, a noção de sujeito, bem como de desenvolvimento psíquico e subjetivo, não correspondem à concepção de subjetividade e ao mais recente conceito de sujeito da Teoria da Subjetividade.
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