Mímesis a contrapelo: ficção e autobiografia nos romances Berkeley em Bellagio e Lorde, de João Gilberto Noll
Este artigo analisa a relação entre autobiografia e ficção em Berkeley em Bellagio (2002) e Lorde (2004), romances do escritor brasileiro contemporâneo João Gilberto Noll. Em um primeiro momento, a ficcionalização de referências da experiência do escritor no exterior torna incertas as fronteiras ent...
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Universidade Estadual de Campinas
2010-06-01
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doaj-a74b78d9b66e4c0e93be18db3fd03d8a2021-06-21T13:47:16ZporUniversidade Estadual de CampinasRemate de Males2316-57582010-06-0129210.20396/remate.v29i2.86362813988Mímesis a contrapelo: ficção e autobiografia nos romances Berkeley em Bellagio e Lorde, de João Gilberto NollMárcio Renato Pinheiro da Silva0Universidade Federal do Rio Grande do NorteEste artigo analisa a relação entre autobiografia e ficção em Berkeley em Bellagio (2002) e Lorde (2004), romances do escritor brasileiro contemporâneo João Gilberto Noll. Em um primeiro momento, a ficcionalização de referências da experiência do escritor no exterior torna incertas as fronteiras entre autobiografia e ficção. Mas a improbabilidade de muitos eventos, bem como muitas disjunções retóricas entre o que os personagens dizem que fazem e o que as narrativas realmente fazem, desfazen tal incerteza, mostrando que as duas narrativas podem ser mais bem lidas como ficção. Por outro lado, esses romances usam a autobiografia como uma técnica auto-reflexiva, i. e., precisamente, como uma maneira de criticar as condições de produção dos próprios romances, o que revela e, ao mesmo tempo, supera a equivalência entre miséria material e simbólica (ou ficcional).https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636281Teoria Literária. Crítica literária. Arquivos. |
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Este artigo analisa a relação entre autobiografia e ficção em Berkeley em Bellagio (2002) e Lorde (2004), romances do escritor brasileiro contemporâneo João Gilberto Noll. Em um primeiro momento, a ficcionalização de referências da experiência do escritor no exterior torna incertas as fronteiras entre autobiografia e ficção. Mas a improbabilidade de muitos eventos, bem como muitas disjunções retóricas entre o que os personagens dizem que fazem e o que as narrativas realmente fazem, desfazen tal incerteza, mostrando que as duas narrativas podem ser mais bem lidas como ficção. Por outro lado, esses romances usam a autobiografia como uma técnica auto-reflexiva, i. e., precisamente, como uma maneira de criticar as condições de produção dos próprios romances, o que revela e, ao mesmo tempo, supera a equivalência entre miséria material e simbólica (ou ficcional). |
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