Summary: | O presente estudo objetiva verificar se a proporção da renda familiar gasta em saúde é maior nas categorias de menor renda levando-se em consideração a análise de potenciais variáveis de confusão. Trata-se de um inquérito realizado em 2004, com 245 domicílios selecionados de modo a representar a população de Sorocaba. As informações referem-se às características sociais e demográficas, à soma dos rendimentos nos 30 dias e dos gastos em saúde nos 90 dias anteriores à entrevista, à existência de problemas de saúde, à utilização e avaliação de serviços de saúde e à cobertura de planos de saúde. A análise incluiu regressão linear múltipla própria para conglomerados. Verificou-se, como efeito independente que a proporção da renda familiar gasta em saúde é: maior quanto maior a escolaridade e a idade do chefe de família, assim como entre os detentores de planos de saúde; e menor quanto maior o intervalo decorrido desde a última procura por atendimento nas famílias mais numerosas e de maior renda. Confirma-se uma situação de iniqüidade no financiamento da atenção à saúde mesmo quando os dados são ajustados segundo variáveis de confusão.
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