MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR
Antes de iniciar a narrativa sobre o caso da minería a céu aberto e seus efeitos na Comuna afrodescendente de Playa de Oro, eu gostaria de fazer alguns breves apontamentos sobre a eleição do lugar dessa pesquisa. Ou melhor, gostaria de situar o leitor nessa incursão etnográfica pelo Equador. Explico...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Pelotas
2014-10-01
|
Series: | Cadernos do LEPAARQ |
Online Access: | https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/3906 |
id |
doaj-a63efd88a96e4f68a04aca804dde1826 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-a63efd88a96e4f68a04aca804dde18262020-11-24T22:25:22ZporUniversidade Federal de PelotasCadernos do LEPAARQ1806-91182316-84122014-10-0111223299MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADORJanaina LoboAntes de iniciar a narrativa sobre o caso da minería a céu aberto e seus efeitos na Comuna afrodescendente de Playa de Oro, eu gostaria de fazer alguns breves apontamentos sobre a eleição do lugar dessa pesquisa. Ou melhor, gostaria de situar o leitor nessa incursão etnográfica pelo Equador. Explico essa escolha: não é por acaso o meu deslocamento para uma comunidade negra na parte setentrional deste país que sequer faz fronteira com o Brasil. Por pelo menos dez anos eu estive envolvida entre coletivos afrodescendentes brasileiros e seus pleitos de justiça - por direitos fundamentais - nos quais a autonomia do território ancestral prefigura como uma importante matriz de luta. Tudo começa em Alcântara, no Maranhão, em 2004, com a etnografia sobre os embates com o governo brasileiro em razão de seu excludente e violento programa nacional espacial que desconsiderou parte desses grupos negros e suas histórias; e, compulsoriamente, os colocou à margem de seus próprios territórios em razão da construção de uma base de lançamentos de foguetes no município alcantarense. Já em 2008, repenso essas lutas pelo território, dessa vez partindo de uma gramática expressiva – sonoro-ritual -, no Rio Grande do Sul, entre quilombolas do município de Tavares. Etnografei os vínculos sagrados desses quilombolas com Nossa Senhora do Rosário e como o ritual do Quicumbi (re)instaura a autonomia sobre esse território. Em síntese, esse foi o percurso etnográfico que antecedeu minha ida ao Equador.https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/3906 |
collection |
DOAJ |
language |
Portuguese |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Janaina Lobo |
spellingShingle |
Janaina Lobo MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR Cadernos do LEPAARQ |
author_facet |
Janaina Lobo |
author_sort |
Janaina Lobo |
title |
MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR |
title_short |
MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR |
title_full |
MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR |
title_fullStr |
MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR |
title_full_unstemmed |
MINERÍA A CÉU ABERTO: OS EMBATES DA COMUNA AFRODESCENDENTE PLAYA DE ORO, ESMERALDAS - EQUADOR |
title_sort |
minería a céu aberto: os embates da comuna afrodescendente playa de oro, esmeraldas - equador |
publisher |
Universidade Federal de Pelotas |
series |
Cadernos do LEPAARQ |
issn |
1806-9118 2316-8412 |
publishDate |
2014-10-01 |
description |
Antes de iniciar a narrativa sobre o caso da minería a céu aberto e seus efeitos na Comuna afrodescendente de Playa de Oro, eu gostaria de fazer alguns breves apontamentos sobre a eleição do lugar dessa pesquisa. Ou melhor, gostaria de situar o leitor nessa incursão etnográfica pelo Equador. Explico essa escolha: não é por acaso o meu deslocamento para uma comunidade negra na parte setentrional deste país que sequer faz fronteira com o Brasil. Por pelo menos dez anos eu estive envolvida entre coletivos afrodescendentes brasileiros e seus pleitos de justiça - por direitos fundamentais - nos quais a autonomia do território ancestral prefigura como uma importante matriz de luta. Tudo começa em Alcântara, no Maranhão, em 2004, com a etnografia sobre os embates com o governo brasileiro em razão de seu excludente e violento programa nacional espacial que desconsiderou parte desses grupos negros e suas histórias; e, compulsoriamente, os colocou à margem de seus próprios territórios em razão da construção de uma base de lançamentos de foguetes no município alcantarense. Já em 2008, repenso essas lutas pelo território, dessa vez partindo de uma gramática expressiva – sonoro-ritual -, no Rio Grande do Sul, entre quilombolas do município de Tavares. Etnografei os vínculos sagrados desses quilombolas com Nossa Senhora do Rosário e como o ritual do Quicumbi (re)instaura a autonomia sobre esse território. Em síntese, esse foi o percurso etnográfico que antecedeu minha ida ao Equador. |
url |
https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/3906 |
work_keys_str_mv |
AT janainalobo mineriaaceuabertoosembatesdacomunaafrodescendenteplayadeoroesmeraldasequador |
_version_ |
1725758055822393344 |