Vitrúvio, Albert e o poder

O conceito de Vitrúvio sobre o ornamento enquanto elemento que confere caráter ao edifício, e consequentemente à cidade, serviu de base para o tratado de Alberti. Ambos os arquitetos entendem o ornamento como linhas compositivas que ganham legitimidade no momento em que possuem um caráter utilitário...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carolina da Rocha Lima Borges
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2016-08-01
Series:Paranoá: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo
Subjects:
Online Access:http://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/view/11609
Description
Summary:O conceito de Vitrúvio sobre o ornamento enquanto elemento que confere caráter ao edifício, e consequentemente à cidade, serviu de base para o tratado de Alberti. Ambos os arquitetos entendem o ornamento como linhas compositivas que ganham legitimidade no momento em que possuem um caráter utilitário e simbólico na arquitetura. O utilitário pode ser entendido desde aqueles elementos ornamentais que também respondem a uma necessidade prática, como aqueles que asseguram um caráter cívico na edificação, contribuindo para a organização e para o decoro da cidade. Enquanto elementos que completam o belo estrutural na arquitetura clássica, os ornamentos são teoricamente determinados por cânones de proporção e harmonia. Na prática, ornamentos em edifícios públicos possuem uma retórica muitas vezes persuasiva, podendo funcionar como ferramenta de dominação e legitimação de uma classe dominante.
ISSN:1677-7395
1679-0944