Cordeiro em pele de lobo
Introdução: Quando um utente recorre a uma consulta médica, este já tem uma ideia pré-definida do seu problema de saúde. Esta advém da sua experiência anterior, da cultura local e da sua estrutura de apoio. Apresentação do Caso: Mulher de 48 anos, ex-fumadora. Antecedentes pessoais de excisão de le...
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Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2020-12-01
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Online Access: | https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2645 |
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doaj-a6172c8792f84b02849e53e33dbc1dce2020-12-04T20:20:31ZporSociedade Brasileira de Medicina de Família e ComunidadeRevista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 1809-59092179-79942020-12-01154210.5712/rbmfc15(42)2645Cordeiro em pele de loboAndreia Soares Teles Ribeiro0Gonçalo Freire1Ricardo Simões de Araújo2USF Descobertas, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, ARS Lisboa e Vale do Tejo, Portugal. Serviço de Radiologia, Hospital Beatriz Ângelo, Loures, Portugal.USF Descobertas, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, ARS Lisboa e Vale do Tejo, Portugal. Introdução: Quando um utente recorre a uma consulta médica, este já tem uma ideia pré-definida do seu problema de saúde. Esta advém da sua experiência anterior, da cultura local e da sua estrutura de apoio. Apresentação do Caso: Mulher de 48 anos, ex-fumadora. Antecedentes pessoais de excisão de leiomioma uterino há 18 anos. Recorreu à médica de família por tosse há quatro meses. Fez uma tomografia computadorizada tórax, onde se individualizavam formações nodulares dispersas, sugestivas de metastização. Referenciou-se de urgência para consulta de pneumologia, onde lhe foi pedida biópsia, a qual a doente recusou. Após breve avaliação familiar, a própria utente compreendeu que o seu medo era gerado pela sua experiência prévia de vida. A utente acabou por realizar biópsia que revelou padrão de leiomioma. Admitiu-se leiomiomatose benigna metastizante secundária à excisão de miomas uterinos. Conclusão: A “dolência” compreendida pelos utentes vai influenciar o modo como vão gerir a sua doença e a sua dolência. Na consulta existe a gestão entre os medos do doente e as incertezas diagnósticas por parte do médico. Nestes casos, o médico de família não deve assumir uma posição paternalista de decisão, mas sim capacitar os utentes para uma escolha consciente e informada. https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2645LeiomiomatoseNódulos Pulmonares MúltiplosAtenção Primária à Saúde. |
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Introdução: Quando um utente recorre a uma consulta médica, este já tem uma ideia pré-definida do seu problema de saúde. Esta advém da sua experiência anterior, da cultura local e da sua estrutura de apoio. Apresentação do Caso: Mulher de 48 anos, ex-fumadora. Antecedentes pessoais de excisão de leiomioma uterino há 18 anos. Recorreu à médica de família por tosse há quatro meses. Fez uma tomografia computadorizada tórax, onde se individualizavam formações nodulares dispersas, sugestivas de metastização. Referenciou-se de urgência para consulta de pneumologia, onde lhe foi pedida biópsia, a qual a doente recusou. Após breve avaliação familiar, a própria utente compreendeu que o seu medo era gerado pela sua experiência prévia de vida. A utente acabou por realizar biópsia que revelou padrão de leiomioma. Admitiu-se leiomiomatose benigna metastizante secundária à excisão de miomas uterinos. Conclusão: A “dolência” compreendida pelos utentes vai influenciar o modo como vão gerir a sua doença e a sua dolência. Na consulta existe a gestão entre os medos do doente e as incertezas diagnósticas por parte do médico. Nestes casos, o médico de família não deve assumir uma posição paternalista de decisão, mas sim capacitar os utentes para uma escolha consciente e informada.
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