Sincronia e função ventricular esquerda em pacientes pediátricos portadores de marca-passo definitivo
FUNDAMENTO: A estimulação crônica do ventrículo direito (EVD) induz um padrão de contração dessincronizado, produzindo assincronia interventricular e intraventricular. Muitos estudos têm mostrado a relação entre EVD e a forma e função ventricular esquerda (VE) comprometida. OBJETIVO: O objetivo dest...
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Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
2013-11-01
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Series: | Arquivos Brasileiros de Cardiologia |
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doaj-a5d9ec50c7ad44879e77a23f246232062020-11-25T00:03:33ZengSociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)Arquivos Brasileiros de Cardiologia1678-41702013-11-01101541041710.5935/abc.20130189S0066-782X2013003100005Sincronia e função ventricular esquerda em pacientes pediátricos portadores de marca-passo definitivoMichel Cabrera Ortega0Adel Eladio Gonzales Morejón1Giselle Serrano Ricardo2Cardiocentro Pediátrico ¨William Soler¨Cardiocentro Pediátrico ¨William Soler¨Cardiocentro Pediátrico ¨William Soler¨FUNDAMENTO: A estimulação crônica do ventrículo direito (EVD) induz um padrão de contração dessincronizado, produzindo assincronia interventricular e intraventricular. Muitos estudos têm mostrado a relação entre EVD e a forma e função ventricular esquerda (VE) comprometida. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a sincronia e a função do VE em pacientes pediátricos que receberam EVD em comparação com aqueles que receberam estimulação do VE (EVE). MÉTODOS: As funções sistólica e diastólica e a sincronia do VE foram avaliadas em 80 pacientes pediátricos com bloqueio atrioventricular total não cirúrgico ou pós-cirúrgico, com estimulação a partir do endocárdio do ventrículo direito (VD) (n = 40) ou do epicárdio do VE (n = 40). Foram analisados dados ecocardiográficos obtidos antes da implantação do marca-passo, imediatamente após a implantação, e no final de um acompanhamento médio de 6,8 anos. RESULTADOS: A função diastólica do VE não se alterou em nenhum dos pacientes durante o acompanhamento. A função sistólica ventricular esquerda foi preservada nos pacientes que receberam EVE. No entanto, a fração de encurtamento e a fração de ejeção diminuíram de medianas de 41% ± 2,6% e 70% ± 6,9% antes da implantação para 32% ± 4,2% e 64% ± 2,5% (p < 0,0001 e p < 0,0001), respectivamente, no acompanhamento final. O atraso mecânico interventricular foi significativamente maior com a EVD (66 ± 13 ms) do que com a EVE (20 ± 8 ms). Da mesma forma, nos dois grupos houve uma diferença significativa entre os seguintes parâmetros: atraso mecânico do VE (EVD: 69 ± 6 ms, EVE: 30 ± 11 ms, p < 0,0001); atraso septo-lateral (RVP: 75 ± 19 ms, LVP: 42 ± 10 ms, p < 0,0001) e atraso septo-posterior (EVD: 127 ± 33 ms, EVE: 58 ± 17 ms, p < 0,0001). CONCLUSÃO: Quando comparado ao endocárdio do VD, o epicárdio do VE é um local ideal para a estimulação para preservar a sincronia e a função cardíaca.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2013003100005&lng=en&tlng=enFunção Ventricular EsquerdaContração MiocárdicaEstimulação Cardíaca ArtificialCriançaMarca-Passo Artificial |
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