Summary: | Resumo: A comunicação em saúde é uma peça fundamental para criar uma relação entre profissionais e usuários, especialmente em questões relacionadas com a aprendizagem e com os processos de trabalho em promoção da saúde, prevenção da doença realizados na atenção primária à saúde. A comunicação ganha uma maior relevância quando aplicada em populações envelhecidas com um menor grau de escolaridade e que têm necessidades específicas de saúde e dificuldades cognitivas. O objetivo deste artigo é o de analisar a percepção dos usuários sobre o conceito de saúde e os processos de trabalho numa unidade de atenção básica à saúde no interior de Portugal (cidade de Castelo Branco). Trata-se de um estudo qualitativo com uma abordagem sócio antropológica que através de um conjunto de entrevistas procurou perceber junto dos usuários a diversidade de concepções existentes sobre os serviços que podem estar na base de algumas dificuldades em alcançar melhores resultados. Como principais conclusões se verificou que para os usuários saúde é o contrário de doença, que o medico é o único profissional de saúde que devem ouvir e consultar, mas apenas quando estão com um problema de saúde.
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