Infecções em neurocirurgia

Baseado em 733 cirurgias neurológicas realizadas em um período de 50 meses, o autor expõe as providências tomadas para conter o surto infeccioso. Alterações de técnica de antissepsia e tática cirúrgica foram levadas a efeito durante os três períodos de duração do estudo. Nas duas primeiras etapas, d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: L. Renato Mello, V. H. Boer
Format: Article
Language:English
Published: Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO) 1982-03-01
Series:Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1982000100006&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Baseado em 733 cirurgias neurológicas realizadas em um período de 50 meses, o autor expõe as providências tomadas para conter o surto infeccioso. Alterações de técnica de antissepsia e tática cirúrgica foram levadas a efeito durante os três períodos de duração do estudo. Nas duas primeiras etapas, de 17 meses cada uma, a incidência de infecção em cirurgias limpas foi de 10,3 e 6,7%. Na última etapa de 15 meses, quando se associou o uso de antibiótico tópico (oxacilina em pó), este índice caiu para 0,6%. As taxas gerais de infecção para os três períodos, somando-se as cirurgias limpas, limpas com implantes, limpas contaminadas e contaminadas foi de 7,08%, 6,8 e 3,4%, respectivamente. Uma revisão sumária dos dados de literatura referentes a antibioticoterapia profilática sistêmica e tópica antecedem os comentários sobre as bases da mudança de técnica efetuadas durante o estudo. Tricotomia próxima a operação, adoção de técnica seca para a preparação do retalho de pele e musculatura, uso exclusivo do coagulador bipolar, uso restrito de sôro epidural, e uso de oxacilina em pó antes do fechamento foram os itens principais das modificações realizadas.
ISSN:1678-4227