Summary: | Onde se sente o Europeu verdadeiramente em casa senão na sua formação intelectual,
na sua língua materna e na sua confissão religiosa? É à luz desta tripla determinação
que examinamos a imagem da “casa europeia”, ao mesmo tempo, como qualquer casa,
inclusiva e exclusiva. Mas a esse sentimento de familiaridade e de pertença opõe-se cada
vez mais a angústia de uma despossessão. As normas da cultura universitária e as condições
da sua permanência estão ameaçadas, a liberdade de falar a sua língua nacional,
em vez de uma “lingua franca” limitativa, vê-se reduzida ao espaço privado, o direito
de atestar a inspiração cristã da Europa histórica e comunitária exerce-se com crescente
reticência. Como não experimentaria o Europeu, identificando-se com estes valores contestados,
os seus “penates”, o doloroso sentimento de ver a sua casa irremediavelmente
hipotecada?
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