Summary: | <p>A crítica literária reconhece que Bakhtin não é o fundador do conceito de cronotopia. O mestre russo tomou emprestado o termo a partir de conceitos da matemática e da teoria da relatividade de Einstein, apesar de se apoiar epistemologicamente na figura de Kant e seus seguidores. Seu mérito está na “metaforização” do conceito que ele aplicou aos estudos literários para designar a relação indissociável entre o espaço e o tempo. O conceito de cronotopo em Bakhtin aparece primeiramente no texto <em>formas de tempo e de cronotopo no romance – ensaios de poética histórica</em> e, depois, em <em>Estética da criação verbal</em>, no capítulo intitulado <em>o romance de educação na história do realismo.</em> Utilizamos esse arcabouço bakhtiniano de indissiciabilidade de espaço e tempo para analisar aspectos da poética de Manoel de Barros. Essa marca literária trespassa a poética do poeta e pode ser considerada uma estética específica dele. Destarte, o presente trabalho busca averiguar como Manoel de Barros elabora sua estética cronotópica através do olhar criativo-contemplativo.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong> https://doi.org/10.47295/mren.v6i1.1153</p>
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