Summary: | O texto põe em cena as disputas em torno da organização material de uma escola feminina oitocentista, por meio da análise das posições oficiais da Inspetoria Geral de Instrução Pública de São Paulo e da professora da cadeira de primeiras letras do sexo feminino da Vila de Capivari. A produção de aspectos constituintes do dispositivo da transmissão simultânea de ensino é discutida a partir da abordagem da cultura material escolar, no confronto entre os materiais (móveis e utensílios) definidos como necessários para o uso das escolas paulistas de primeiras letras (anos de 1850) e, além disso, a solicitação de materiais requeridos pela professora. Os possíveis usos e arranjos dos objetos sobre o espaço de funcionamento da escola em questão parecem transformar o mesmo espaço, conferindo-lhe novos sentidos ao mesmo tempo em que se delineiam os contornos de um modo de organização da escola.
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