Summary: | O artigo analisa como a fotografia foi empregada no interior das ciências e, especificamente, na medicina ocidental, desde a segunda metade do século XIX até as primeiras décadas do século XX. Nesse período, a fotografia sedimentou o seu papel como instrumento de registro, de conhecimento e de divulgação das práticas médicas, inicialmente na Europa. O principal meio de divulgação de fotografias foram as publicações médicas seriadas, motivo pelo qual a técnica foi rapidamente vulgarizada, a despeito das resistências que despertou. São analisadas aqui fotografias produzidas, principalmente, em Paris e São Paulo, com a preocupação de explicar as condições de sua produção, as implicações heurísticas ligadas ao uso da fotografia na medicina e como, a partir dela, novos significados foram agregados ao universo de representações no campo das práticas médicas.
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