Summary: | O artigo trata da representação do imigrante judeu na literatura rio-grandense pós-moderna, situando-se na fronteira entre a Literatura e a História. Estuda-se a temática nas obras Cágada, de Mársico, publicada em 1974, que tem como cenário a Fazenda Quatro Irmãos, em Erechim, norte do Rio Grande do Sul; e a obra O exército de um homem só, de Scliar, publicada em 1973, ambientada no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. Compara-se nas obras, respectivamente, a representação dos personagens judeus por verossimilhança entre ficção e realidade: Mister Glupp/Isidoro Eisenberg, o diretor da colônia; e Mayer Ginzburg/Henrique Scliar, o idealista. O imigrante judeu é representado de forma marginal na literatura, ora por meio da sátira, ora pela ironia. Contudo, ambas narrativas buscam descontruir estereótipos consagrados da trajetória migratória desse grupo, ao desnudar aspectos de seu cotidiano, conflitos, as relações interétnicas.
|