Experiências, Conhecimento Fenomenal e Materialismo

A ideia intuitivamente plausível de que pelo menos alguns de nossos estados mentais teriam aspectos fenomenais qualitativos aos quais nós teríamos um acesso cognitivo privilegiado é considerada por muitos filósofos como incompatível com a ontologia fisicista. Alguns defensores radicais do fisicismo...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Wilson Mendonça, Julia Telles Menezes
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2011-09-01
Series:Principia: An International Journal of Epistemology
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/principia/article/view/22041
Description
Summary:A ideia intuitivamente plausível de que pelo menos alguns de nossos estados mentais teriam aspectos fenomenais qualitativos aos quais nós teríamos um acesso cognitivo privilegiado é considerada por muitos filósofos como incompatível com a ontologia fisicista. Alguns defensores radicais do fisicismo preferem simplesmente negar a existência de aspectos qualitativos, ao passo que outros materialistas procuram reinterpretar a cognição do caráter fenomenal da nossa experiência do mundo como a aquisição de uma habilidade, isto é, como uma forma de know-how, em oposição à aquisição de informação (know-that). O presente trabalho expõe e examina criticamente algumas tentativas recentes de compatibilização da natureza sui generis da apreensão cognitiva do caráter fenomenal da nossa experiência com a tese materialista de que o conteúdo proposicional dessa cognição é constituído exclusivamente por fatos físicos.
ISSN:1414-4247
1808-1711