ATUAÇÃO DE ENFERMEIRAS OBSTETRAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS-BA): ESTUDO ENTRE AS EGRESSAS DOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA DA EEUFBA

O Ministério da Saúde vem adotando estratégias com vistas à redução da taxa de cesárea e da mortalidade materna no país desde 1998, dentre as quais se destaca o acompanhamento mais sistemático do trabalho de parto, por meio do estímulo à maior participação das enfermeiras obstetras na realização de...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Sílvia Lúcia Ferreira, Mina Morena de Souza Rocha, Isa Maria Nunes
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal da Bahia 2011-04-01
Series:Revista Baiana de Enfermagem
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/4983
Description
Summary:O Ministério da Saúde vem adotando estratégias com vistas à redução da taxa de cesárea e da mortalidade materna no país desde 1998, dentre as quais se destaca o acompanhamento mais sistemático do trabalho de parto, por meio do estímulo à maior participação das enfermeiras obstetras na realização de partos normais. O objetivo deste estudo foi analisar a inserção, no âmbito do SUS, das enfermeiras egressas dos Cursos de Especialização em Enfermagem Obstétrica da EEUFBA entre 1998 e 2004, descrever as características sociodemográficas e funcionais destas enfermeiras e identificar as facilidades e dificuldades existentes para sua atuação. Metodologicamente, trata-se de estudo exploratório de natureza quanti-qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista, utilizando-se um formulário, com perguntas abertas e fechadas. A população do estudo foi constituída por 89 egressas e a amostra foi constituída com base em alguns critérios de inclusão, sendo entrevistadas 45 ex-alunas, estando a maioria inserida no SUS. Observou-se que o principal campo de atuação é a assistência direta às mulheres no ciclo gravídico-puerperal. Identificou-se também que a atuação no Centro Obstétrico (CO), principalmente na realização do parto normal, ainda tem limites impostos por uma forte hierarquia institucional, na qual os médicos detêm o poder e a hegemonia sobre as práticas assistenciais. Apesar do investimento do Ministério de Saúde no treinamento destas enfermeiras, não houve apoio institucional para estimular a ação dessas profissionais após o curso, o que gerou desestímulo, frustração pessoal e profissional.
ISSN:0102-5430
2178-8650