MACABÉA, UMA MULHER INSOSSA: REPRESSÃO SEXUAL E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA

<p>O presente trabalho propõe uma leitura da obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector (1998), a partir da ideia de repressão sexual (USSEL, 1980; CHAUÍ, 1987), como um conjunto de interdições, permissões, normas, valores, regras estabelecidas histórica e culturalmente para controlar o ex...

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Bibliographic Details
Main Authors: José Raymundo Figueiredo Lins Júnior (UEVA), Rilna Marcia Barros Lima (UEVA)
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Regional do Cariri 2018-01-01
Series:Macabéa
Online Access:http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MacREN/article/view/1326
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spelling doaj-a19aaf32a8f442c9979d84890e80251a2020-12-02T18:52:14ZengUniversidade Regional do CaririMacabéa2316-16632018-01-0162547010.47295/mren.v6i2.1326804MACABÉA, UMA MULHER INSOSSA: REPRESSÃO SEXUAL E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININAJosé Raymundo Figueiredo Lins Júnior (UEVA)0Rilna Marcia Barros Lima (UEVA)1Universidade Estadual Vale do Acaraú - UEVAUniversidade Estadual Vale do Acaraú<p>O presente trabalho propõe uma leitura da obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector (1998), a partir da ideia de repressão sexual (USSEL, 1980; CHAUÍ, 1987), como um conjunto de interdições, permissões, normas, valores, regras estabelecidas histórica e culturalmente para controlar o exercício da sexualidade. A construção identitária (BOURDIEU, 1998; 2012) da mulher reprimida, de corpo escasso, opaco, virgem, inócuo e sem enfeites reflete a infância de Macabéa e a relação com a tia beata, influenciada pelo poder da religião (FOUCAULT, 2013). Através dos <em>flashbacks</em> relatados por um narrador fictício e das (re)ações de Macabéa perante o mundo, busca-se entender como se constitui uma das últimas personagens femininas de Clarice Lispector, sua abnegação à libido, ao desejo e ao sexo até sua existência plena, exercida no último suspiro. Trata-se de uma análise que propõe um diálogo entre Literatura, Psicanálise e Filosofia, que se ancora na linguística aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 2006), como tentativa de diminuir a distância entre os estudos sobre a língua e a literatura, tão presente em muitos cursos de Letras.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong><span> https://doi.org/10.47295/mren.v6i2.1326</span></p>http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MacREN/article/view/1326
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description <p>O presente trabalho propõe uma leitura da obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector (1998), a partir da ideia de repressão sexual (USSEL, 1980; CHAUÍ, 1987), como um conjunto de interdições, permissões, normas, valores, regras estabelecidas histórica e culturalmente para controlar o exercício da sexualidade. A construção identitária (BOURDIEU, 1998; 2012) da mulher reprimida, de corpo escasso, opaco, virgem, inócuo e sem enfeites reflete a infância de Macabéa e a relação com a tia beata, influenciada pelo poder da religião (FOUCAULT, 2013). Através dos <em>flashbacks</em> relatados por um narrador fictício e das (re)ações de Macabéa perante o mundo, busca-se entender como se constitui uma das últimas personagens femininas de Clarice Lispector, sua abnegação à libido, ao desejo e ao sexo até sua existência plena, exercida no último suspiro. Trata-se de uma análise que propõe um diálogo entre Literatura, Psicanálise e Filosofia, que se ancora na linguística aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 2006), como tentativa de diminuir a distância entre os estudos sobre a língua e a literatura, tão presente em muitos cursos de Letras.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong><span> https://doi.org/10.47295/mren.v6i2.1326</span></p>
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