O mar na geopolítica de Portugal
O mar é uma constante na geopolítica portuguesa. Desde o período dos Descobrimentos, passando pelo império colonial, até à participação na Aliança Atlântica (1949), que o País procurou no espaço marítimo uma forma de equilibrar o poder com a vizinha Espanha. Aliado permanente da potência marítima d...
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Coimbra University Press
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doaj-a1793a4baf504ce4b78ac041c7a07f4e2020-11-25T02:32:47ZporCoimbra University PressBiblos0870-41122183-71392018-03-01210.14195/0870-4112_3-2_5O mar na geopolítica de PortugalJosé Palmeira0Centro de Investigação em Ciência Política, Universidade do Minho O mar é uma constante na geopolítica portuguesa. Desde o período dos Descobrimentos, passando pelo império colonial, até à participação na Aliança Atlântica (1949), que o País procurou no espaço marítimo uma forma de equilibrar o poder com a vizinha Espanha. Aliado permanente da potência marítima dominante – primeiro a Inglaterra, depois os Estados Unidos – Portugal teve uma deriva continental quando descoloniza (1974) e avança para a integração europeia (1986). No entanto, periférico na Europa, procura centralidade através do espaço lusófono (institucionalizado em 1996, com a criação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e assumindo uma posição euro-atlântica no seio da União Europeia. Dotado de uma extensa zona económica exclusiva, o País tem ainda um potencial de recursos associado à economia do mar, concomitantemente às vulnerabilidades que resultam da necessidade de meios para a sua fiscalização e segurança. O universalismo, cultivado na sua história e pela diáspora, é hoje um trunfo num sistema internacional crescentemente globalizado. https://impactum-journals.uc.pt/biblos/article/view/5455Mar; Portugal; Geopolítica; Estratégia; Globalização |
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O mar é uma constante na geopolítica portuguesa. Desde o período dos Descobrimentos, passando pelo império colonial, até à participação na Aliança Atlântica (1949), que o País procurou no espaço marítimo uma forma de equilibrar o poder com a vizinha Espanha. Aliado permanente da potência marítima dominante – primeiro a Inglaterra, depois os Estados Unidos – Portugal teve uma deriva continental quando descoloniza (1974) e avança para a integração europeia (1986). No entanto, periférico na Europa, procura centralidade através do espaço lusófono (institucionalizado em 1996, com a criação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e assumindo uma posição euro-atlântica no seio da União Europeia. Dotado de uma extensa zona económica exclusiva, o País tem ainda um potencial de recursos associado à economia do mar, concomitantemente às vulnerabilidades que resultam da necessidade de meios para a sua fiscalização e segurança. O universalismo, cultivado na sua história e pela diáspora, é hoje um trunfo num sistema internacional crescentemente globalizado.
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