Avaliação do programa de atenção a crianças asmáticas acompanhadas nas unidades de saúde do Município do Embu, São Paulo, no período de 1988 a 1993

Com o objetivo de avaliar o desempenho do Programa de Atenção a Crianças Portadoras de "Chiado no Peito", no Município de Embu, São Paulo, foram estudadas 434 crianças e adolescentes de zero a 14 anos, admitidas no programa de maio/88 a julho/93. Mais de 90% desses pacientes nunca haviam s...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Renato Nabas Ventura, Charles Naspitz, Rosana Fiorini Puccini, Edina Mariko Koga da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1998000100019&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Com o objetivo de avaliar o desempenho do Programa de Atenção a Crianças Portadoras de "Chiado no Peito", no Município de Embu, São Paulo, foram estudadas 434 crianças e adolescentes de zero a 14 anos, admitidas no programa de maio/88 a julho/93. Mais de 90% desses pacientes nunca haviam sido acompanhados por esse motivo em serviço médico. Apenas 6,2% foram encaminhados a outros serviços de referência durante o acompanhamento no programa. Segundo critérios clínicos, os pacientes foram classificados em: bebê chiador (21,8%), asmáticos leves (41,7%), asmáticos moderados (28,3%), asmáticos graves (7,6%) e outros (0,4%). Ao se analisar o comportamento dos asmáticos moderados e graves acompanhados por mais de um ano, observou-se melhora clínica nesses dois grupos, e o que influenciou positivamente esse fato foi a maior aderência ao uso da medicação. O número de exacerbações decresceu entre os asmáticos graves, após um ano de acompanhamento regular, embora durante os 12 meses analisados tenha havido um consumo praticamente constante de medicação broncodilatadora. O abandono ocorreu em 53,2% das crianças matriculadas, principalmente nos primeiros seis meses de acompanhamento, sendo significantemente mais freqüente entre os asmáticos moderados. Concluímos que as crianças com maior aderência ao programa se beneficiaram do mesmo, apesar das dificuldades e da falta de alguns recursos medicamentosos atualmente existentes.
ISSN:0102-311X
1678-4464