Saúde mental de adolescentes internados no sistema socioeducativo: relação entre as equipes das unidades e a rede de saúde mental

Este artigo tem como objetivo analisar como os profissionais das equipes de saúde mental do sistema socioeducativo do Rio de Janeiro, Brasil, percebem as relações estabelecidas com a Rede de Atenção Psicossocial para atenção às questões de saúde mental dos adolescentes que cumprem medida de internaç...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Débora Stephanie Ribeiro, Fernanda Mendes Lages Ribeiro, Suely Ferreira Deslandes
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2018-03-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000305015&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Este artigo tem como objetivo analisar como os profissionais das equipes de saúde mental do sistema socioeducativo do Rio de Janeiro, Brasil, percebem as relações estabelecidas com a Rede de Atenção Psicossocial para atenção às questões de saúde mental dos adolescentes que cumprem medida de internação. Realizaram-se nove entrevistas com profissionais de saúde mental do sistema e os resultados foram apresentados tendo como referência a análise de discurso crítica de Fairclough. Os resultados foram organizados em três partes: relação entre as equipes de saúde mental e a rede, dificuldades das equipes das unidades e dos serviços da rede, e perspectivas e propostas. Pela lógica de construção dos argumentos identificados percebeu-se que a fragilidade dos pactos entre os gestores do Sistema Único de Saúde e do sistema socioeducativo impacta o cotidiano das ações de saúde mental desenvolvidas pelas equipes das unidades. Esse cenário associa-se a outros problemas estruturais, como a falta de transporte e a indisponibilidade de agentes para acompanharem os adolescentes nos atendimentos externos, e às resistências dos profissionais tanto dentro quanto fora das unidades. Evidencia-se haver um isolamento tanto dos adolescentes quanto dos profissionais em relação às ações e políticas de saúde mental do território.
ISSN:1678-4464