Política, colonização e revolução em O Leão de sete cabeças = Politics, colonization and revolution in Der Leone have sept cabeças

Produção italiana, realizada no Congo, África, em 1970, O Leão de sete cabeças é, segundo seu diretor, “um ato político-cultural de colaboração com a noção de luta tricontinental”, teorizada pelo guerrilheiro argentino Che Guevara. Considerado aqui como aplicação do manifesto Tricontinental, o filme...

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Bibliographic Details
Main Author: Viana, Irma
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS) 2017-01-01
Series:Civitas - Revista de Ciências Sociais
Subjects:
Online Access:http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/26022/15866
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description Produção italiana, realizada no Congo, África, em 1970, O Leão de sete cabeças é, segundo seu diretor, “um ato político-cultural de colaboração com a noção de luta tricontinental”, teorizada pelo guerrilheiro argentino Che Guevara. Considerado aqui como aplicação do manifesto Tricontinental, o filme tornou-se um importante documento histórico, cuja análise pode revelar não só os símbolos culturais e alegorias políticas que se articulam no cinema antropológico de Glauber Rocha, como também, as visões ideológicas dos atores sociais envolvidos em questões de dependência e resistência colonialista e neocolonialista no Terceiro Mundo. A partir do ponto de vista de um artista-intelectual latino-americano, que buscava uma poética política, que, todavia, escapasse ao domínio cultural e econômico das forças produtivas mercadológicas, fossem elas socialistas ou imperialistas. Levando em conta que o cineasta faz de sua filosofia mestiça uma problematização da possessão, do poder, da violência. Mas não responde a estes problemas construindo um sistema e sim buscando ficções úteis, no duplo sentido em que as pensaram Eisenstein e Brecht: como didáticas e politicamente ativas, encenadas, no Leão, sob a forma do “teatro popular africano”, segundo o próprio Glauber Rocha
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