AGRAVOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES NO BRASIL: ALGUNS NÓS CRÍTICOS
O trabalho, principal responsável pelo desenvolvimento humano, atuou de tal forma sobre a natureza que produziu feitos revolucionários, criou modos de vida e de se relacionar irreversíveis, ou seja, não é possível ao homem atuar sobre a natureza sem considerar tudo que já foi feito e descoberto. Par...
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Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
2011-12-01
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doaj-a012e4c0119b44dcb5686bc782e5fa1e2020-11-25T03:01:00ZspaUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoRevista Pegada Eletrônica1676-18711676-30252011-12-0112110.33026/peg.v12i1.927812AGRAVOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES NO BRASIL: ALGUNS NÓS CRÍTICOSEdvânia Angela de Souza LourençoO trabalho, principal responsável pelo desenvolvimento humano, atuou de tal forma sobre a natureza que produziu feitos revolucionários, criou modos de vida e de se relacionar irreversíveis, ou seja, não é possível ao homem atuar sobre a natureza sem considerar tudo que já foi feito e descoberto. Parte-se sempre das experiências acumuladas. Mas o fato é que, ao mesmo tempo, em que o trabalho se desenvolveu e se tornou ainda mais indispensável à vida humana, o fez em determinadas condições de gestão e de organização. Impondo ao homem – ser social – ritmos intensos e atividades monótonas, eliminando a sua autonomia, a sua criatividade e o seu conhecimento. O trabalho tornou-se emprego, materializado em atividades fragmentadas de um sistema de produção que aliena o produto de quem o faz. O trabalho mantém-se enquanto elemento primordial da vida e da organização social; contudo, gerou circunstâncias e situações em que passou a ser a destruição do próprio homem, estabeleceu-se uma relação contraditória entre trabalho e trabalhador. O trabalho é fonte de vida, mas também de doenças e de morte; de liberdade e de prisão; de crescimento e de atrofia; de riqueza e pobreza; de desenvolvimento e de alienação/estranhamento. Assim, neste texto, discute-se as manifestações da organização e relações sociais do trabalho para a classe trabalhadora, do ponto de vista dos agravos à saúde. Trata-se de discutir os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho notificados ao sistema previdenciário brasileiro, cujos dados remontam a 1970 e indicam o avanço da organização dos serviços de saúde, trabalho e previdência, mas, na atualidade, permanecem alguns nós críticos, tais como: a subnotificação, as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores que se acidentam em se manter trabalhando ou de se afastarem com direito à remuneração e ao reconhecimento do seu problema como vinculado ao trabalho e a precarização das relações sociais de trabalho. É disso que esse texto trata.http://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/927 |
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