Análise espaço-temporal do efeito da poluição do ar na saúde de crianças

O objetivo foi investigar a associação de curto prazo entre a poluição do ar e atendimentos em emergências por doenças respiratórias, em crianças de 0 a 6 anos. Estudo ecológico, espacial e temporal realizado na Região Metropolitana da Grande Vitoria, Espírito Santo, Brasil. Utilizou-se o modelo adi...

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Bibliographic Details
Main Authors: Emerson Pedreira Matos, Valdério Anselmo Reisen, Faradiba Sarquis Serpa, Paulo Roberto Prezotti Filho, Maria de Fátima Silva Leite
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019001305010&lng=en&tlng=en
Description
Summary:O objetivo foi investigar a associação de curto prazo entre a poluição do ar e atendimentos em emergências por doenças respiratórias, em crianças de 0 a 6 anos. Estudo ecológico, espacial e temporal realizado na Região Metropolitana da Grande Vitoria, Espírito Santo, Brasil. Utilizou-se o modelo aditivo generalizado (MAG) de regressão de Poisson, com a variável dependente o número diário de atendimentos por doenças respiratórias, e as variáveis independentes, concentrações diárias dos poluentes atmosféricos (MP10, SO2, NO2, O3 e CO), temperatura, umidade e precipitação pluviométrica. Por meio das médias diárias das concentrações, foram feitas estimativas para toda a região e análises in loco com a consideração de crianças residentes no entorno de 2km de oito estações de monitoramento da qualidade do ar. O incremento de 10μg/m3 nos níveis de concentração dos poluentes atmosféricos aumentou o risco de atendimento em emergência por doença respiratória. Na região geral, para o MP10, o aumento foi de 2,43%, 2,73% e 3,29% nos acumulados de 5, 6 e 7 dias, respectivamente. Para o SO2, o acréscimo foi de 4,47% no dia da exposição, 5,26% dois dias após, 6,47%, 8,8%, 8,76% e 7,09% nos acumulados de 2, 3, 4 e 5 dias, respectivamente. O CO apresentou associação significativa para residentes no entorno de duas estações, e o O3 somente em uma. Mesmo dentro dos limites estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, os poluentes MP10, SO2, NO2 e O3 estão associados ao maior risco para atendimento por doenças respiratórias em crianças de 0 a 6 anos, e alguns efeitos só foram identificados nas localidades desagregadas por região, isto é, in loco, o que possibilita captar maior variabilidade dos dados.
ISSN:1678-4464