Safando a Mistida: deslizamentos entre trilogia, romance e palavra
<p>Este artigo propõe uma leitura de Mistida, romance do autor guineense Abdulai Silá, baseada em algumas estratégias narrativas por ele empregadas. Uma dessas estratégias é a intertextualidade com os romances anteriores – A última tragédia e A eterna paixão – aspecto que dá a Mistida papel es...
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2009-12-01
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Online Access: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/4376 |
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doaj-9fd479aa172a44dcbc0080e7ad85dabe2021-04-02T11:01:04ZporPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisScripta1516-40392358-34282009-12-0113251731923053Safando a Mistida: deslizamentos entre trilogia, romance e palavraJuliana Cristina Salvadori<p>Este artigo propõe uma leitura de Mistida, romance do autor guineense Abdulai Silá, baseada em algumas estratégias narrativas por ele empregadas. Uma dessas estratégias é a intertextualidade com os romances anteriores – A última tragédia e A eterna paixão – aspecto que dá a Mistida papel estruturador no arranjo arquitetônico da trilogia de mesmo nome. Outra estratégia é aquela que Guatarri e Deleuze definiram como típica de uma literatura menor, a de desterritorializar uma língua maior, neste caso uma língua européia – a portuguesa –, oficial mas de pouca circulação entre a população em geral, e reterritorializá-la a partir das referências de outras culturas locais, sinalizando que algo sempre fica de fora do sistema dito maior. Para compreender essa estratégia, detive-me principalmente na palavra mistida, que nomeia a trilogia e o romance, palavra de uso comum – safar a mistida –, que, como um riff, uma frase melódica, tema ainda por ser resolvido, repete-se e nos desafia a decifrá-la.</p><p><br />Palavras-chave: Literaturas africanas; Literatura guineense; Literatura menor; Mistida; Intertextualidade.</p>http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/4376 |
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<p>Este artigo propõe uma leitura de Mistida, romance do autor guineense Abdulai Silá, baseada em algumas estratégias narrativas por ele empregadas. Uma dessas estratégias é a intertextualidade com os romances anteriores – A última tragédia e A eterna paixão – aspecto que dá a Mistida papel estruturador no arranjo arquitetônico da trilogia de mesmo nome. Outra estratégia é aquela que Guatarri e Deleuze definiram como típica de uma literatura menor, a de desterritorializar uma língua maior, neste caso uma língua européia – a portuguesa –, oficial mas de pouca circulação entre a população em geral, e reterritorializá-la a partir das referências de outras culturas locais, sinalizando que algo sempre fica de fora do sistema dito maior. Para compreender essa estratégia, detive-me principalmente na palavra mistida, que nomeia a trilogia e o romance, palavra de uso comum – safar a mistida –, que, como um riff, uma frase melódica, tema ainda por ser resolvido, repete-se e nos desafia a decifrá-la.</p><p><br />Palavras-chave: Literaturas africanas; Literatura guineense; Literatura menor; Mistida; Intertextualidade.</p> |
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