As políticas e as crises como determinantes da saúde
A saúde é considerada um bem essencial e a questão número um da humanidade. Contrapondo-se à doença, propicia bem-estar físico e psíquico, conduzindo à estabilidade social. É conhecida a relação estreita entre saúde e economia. Numa sociedade com baixo nível de saúde, a força do trabalho é débil,...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2014-07-01
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doaj-9f0777a35de845a49d5873b3028ab5ad2020-11-25T02:13:22ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-07-0142110.25754/pjp.2011.4143As políticas e as crises como determinantes da saúdeJoão M. Videira Amaral A saúde é considerada um bem essencial e a questão número um da humanidade. Contrapondo-se à doença, propicia bem-estar físico e psíquico, conduzindo à estabilidade social. É conhecida a relação estreita entre saúde e economia. Numa sociedade com baixo nível de saúde, a força do trabalho é débil, o rendimento per capita baixo, o que por sua vez compromete o crescimento económico. De acordo com a nossa Constituição de 1976, que consubstanciou a noção de Estado-Providência, «todos têm direito à protecção da saúde, … direito que é realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral… incumbindo ao Estado garantir o acesso de todos os cidadãos…». A partir de então, todos os governos democráticos têm assumido o compromisso de incrementar as despesas sociais o que, segundo os economistas, tem resultado num comportamento largamente insensível às condições cíclicas da economia; de facto, nem os impostos nem outras receitas têm sido suficientes para fazer face ao crescente volume de responsabilidades a cargo do Estado. Daí que a saúde seja um bem económico cada vez mais caro. https://pjp.spp.pt//article/view/4143 |
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A saúde é considerada um bem essencial e a questão número um da humanidade. Contrapondo-se à doença, propicia bem-estar físico e psíquico, conduzindo à estabilidade social.
É conhecida a relação estreita entre saúde e economia. Numa sociedade com baixo nível de saúde, a força do trabalho é débil, o rendimento per capita baixo, o que por sua vez compromete o crescimento económico.
De acordo com a nossa Constituição de 1976, que consubstanciou a noção de Estado-Providência, «todos têm direito à protecção da saúde, … direito que é realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral… incumbindo ao Estado garantir o acesso de todos os cidadãos…». A partir de então, todos os governos democráticos têm assumido o compromisso de incrementar as despesas sociais o que, segundo os economistas, tem resultado num comportamento largamente insensível às condições cíclicas da economia; de facto, nem os impostos nem outras receitas têm sido suficientes para fazer face ao crescente volume de responsabilidades a cargo do Estado. Daí que a saúde seja um bem económico cada vez mais caro.
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