A petitio principii kantiana na formulação do conceito de lei moral na fundamentação da metafísica dos costumes segundo Schopenhauer
No capítulo da obra “Sobre o Fundamento da Moral” denominado “Crítica ao fundamento dado à moral por Kant”, Schopenhauer acusa Kant de ter cometido uma “petição de princípio” na formulação do conceito de lei moral na “Fundamentação da metafísica dos costumes”. A análise do conceito de lei moral é fu...
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Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS
2018-04-01
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doaj-9e88329b206a48819417b35683d095972020-11-25T03:25:52ZspaEditora Universitária Champagnat - PUCPRESSRevista de Filosofia 0104-44431980-59342018-04-01304910.7213/1980-5934.30.049.DS0322204A petitio principii kantiana na formulação do conceito de lei moral na fundamentação da metafísica dos costumes segundo SchopenhauerEli Vagner Francisco Rodrigues0Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESPNo capítulo da obra “Sobre o Fundamento da Moral” denominado “Crítica ao fundamento dado à moral por Kant”, Schopenhauer acusa Kant de ter cometido uma “petição de princípio” na formulação do conceito de lei moral na “Fundamentação da metafísica dos costumes”. A análise do conceito de lei moral é fundamental para Schopenhauer estabelecer o débito da ética kantiana em relação à teologia, mais precisamente ao decálogo mosaico. O significado originário de lei (lex, nomos), argumenta Schopenhauer, limita-se a lei civil, uma instituição que repousa no arbítrio humano. Um segundo significado é o sentido metafórico de lei da natureza. Ambos não se aplicam à filosofia moral. Uma lei na forma de um “tu deves” não pode ser legítima por si só. A introdução dos conceitos de “prescrição” e “dever” representam o grande defeito da ética de Kant, o proton pseudos de sua filosofia moral, uma inaceitável petição de princípio, que compromete toda a ética. O eudemonismo, banido como heteronomia, é sutilmente reintroduzido sob a forma de Soberano Bem. O fundamento para a admissão de uma razão prática seria a psicologia racional. Esta doutrina afirmava que a alma teria uma faculdade superior ou inferior de conhecimento e uma faculdade de desejar do mesmo tipo. Ela seria um intellectus purus ocupado apenas com representações espirituais, não sensíveis. A razão pura kantiana seria, então, segundo Schopenhauer, proveniente de uma reminiscência não consciente desta doutrina, base de considerações teológicas. Esta acusação leva Schopenhauer a examinar, também, o conceito de dever incondicionado, classificado como uma contradictio in adjecto (contradição em termos). Schopenhauer conclui que os erros lógicos cometidos por Kant foram provocados por pressupostos teológicos.https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/23435lei. moral. dever. eudemonismo. crítica. |
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