Os malefícios do tabaco na infância e na adolescência
Embora a literatura científica sobre as consequências do consumo de tabaco nos jovens e nos adultos seja, hoje em dia, consideravelmente extensa, ela é bastante reduzida no que se refere a crianças e pré-adolescentes. O objectivo deste artigo era examinar a evolução do consumo de tabaco, desde a inf...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Coimbra University Press
2010-07-01
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Series: | Revista Portuguesa de Pedagogia |
Online Access: | https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1277 |
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doaj-9e3027274bb34585a84e4677eae2edfa2020-11-25T03:07:24ZporCoimbra University PressRevista Portuguesa de Pedagogia0870-418X1647-86142010-07-0144-110.14195/1647-8614_44-1_9Os malefícios do tabaco na infância e na adolescênciaAntónio Castro Fonseca0Maria C. Taborda SimõesUniversidade de CoimbraEmbora a literatura científica sobre as consequências do consumo de tabaco nos jovens e nos adultos seja, hoje em dia, consideravelmente extensa, ela é bastante reduzida no que se refere a crianças e pré-adolescentes. O objectivo deste artigo era examinar a evolução do consumo de tabaco, desde a infância até ao fim da adolescência, devotando-se particular atenção aos efeitos negativos do consumo de tabaco de início precoce. Adicionalmente, serão também apresentadas e discutidas diversas informações sobre a prevalência do consumo de tabaco e seus padrões de desenvolvimento durante essas idades. Para tal utilizaram-se dados de um estudo longitudinal em que participou uma numerosa amostra de rapazes e raparigas da comunidade, que foi seguida desde os primeiros anos do ensino básico até ao fim da escola secundária. Os resultados mostraram que o consumo de tabaco, embora raro, já ocorria nos primeiros anos de escolaridade, aumentando progressivamente com a idade para se tornar um fenómeno muito frequente no fim da adolescência. Além disso, os fumadores apresentavam mais problemas em quase todos os domínios aqui analisados, designadamente comportamentos anti-sociais, consumo de droga, problemas emocionais, fraco desempenho escolar e diversas outras formas de psicopatologia. Mas a maioria dessas diferenças desaparecia, uma vez controlados os efeitos de outros problemas da infância (v.g. comportamento anti-social, problemas de atenção e hiperactividade). Também não se encontraram diferenças sistemáticas entre fumadores de início precoce e fumadores de início tardio. Concluindo, as crianças e adolescentes que fumam parecem correr maiores riscos de futuros problemas em vários domínios; todavia, em grande parte esses efeitos negativos podem ser explicados por outros factores da infância que, habitualmente, andam associados com o fumar de início precoce.https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1277 |
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Embora a literatura científica sobre as consequências do consumo de tabaco
nos jovens e nos adultos seja, hoje em dia, consideravelmente extensa, ela é bastante reduzida no que se refere a crianças e pré-adolescentes. O objectivo deste artigo era examinar a evolução do consumo de tabaco, desde a infância até ao fim da adolescência, devotando-se particular atenção aos efeitos negativos do consumo de tabaco de início precoce. Adicionalmente, serão também apresentadas e discutidas diversas informações sobre a prevalência do consumo de tabaco e seus padrões de desenvolvimento durante essas idades. Para tal utilizaram-se dados de um estudo longitudinal em que participou uma numerosa amostra de rapazes e raparigas da comunidade, que foi seguida desde os primeiros anos do ensino básico até ao fim da escola secundária. Os resultados mostraram que o consumo de tabaco, embora raro, já ocorria nos primeiros anos de escolaridade, aumentando progressivamente com a idade para se tornar um fenómeno muito frequente no fim da adolescência. Além disso, os fumadores apresentavam mais problemas em quase todos os domínios aqui analisados, designadamente comportamentos anti-sociais, consumo de droga, problemas emocionais, fraco desempenho escolar e diversas outras formas de psicopatologia. Mas a maioria dessas diferenças desaparecia, uma vez controlados os efeitos de outros problemas da infância (v.g. comportamento anti-social, problemas de atenção e hiperactividade). Também não se encontraram diferenças sistemáticas entre fumadores de início precoce e fumadores de início tardio. Concluindo, as crianças e adolescentes que fumam parecem correr maiores riscos de futuros problemas em vários domínios; todavia, em grande parte esses efeitos negativos podem ser explicados por outros factores da infância que, habitualmente, andam associados com o fumar de início precoce. |
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