Incidência e profilaxia de náuseas e vômitos na recuperação pós-anestésica de um hospital-escola terciário Incidencia y profilaxis de náuseas y vómitos en la recuperación postanestésica de un hospital -escuela terciario Incidence and prophylaxis of nausea and vomiting in post-anesthetic recovery in a tertiary teaching hospital
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO) constituem complicação freqüente e potencialmente grave que aumenta o tempo de recuperação pós-anestésica (RPA) e implica insatisfação dos pacientes. Avaliação do risco para NVPO e instituição de profilaxia visando ao bem-estar dos...
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
2008-10-01
|
Series: | Revista Brasileira de Anestesiologia |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000500004 |
Summary: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO) constituem complicação freqüente e potencialmente grave que aumenta o tempo de recuperação pós-anestésica (RPA) e implica insatisfação dos pacientes. Avaliação do risco para NVPO e instituição de profilaxia visando ao bem-estar dos pacientes e à redução de custos têm sido freqüentes em publicações médicas. Este estudo observacional avaliou a incidência, fatores de risco e adequação e efetividade da profilaxia para NVPO na RPA de um hospital-escola terciário. MÉTODO: As informações obtidas a partir de prontuários e questionários aplicados aos pacientes incluíram idade, fatores preditivos maiores para NVPO (sexo feminino, história prévia, não-tabagismo, uso pós-operatório de opióides), profilaxia administrada, ocorrência de NVPO, tipo de cirurgia e anestesia, utilização de óxido nitroso, estado clínico e tempo de permanência na RPA. RESULTADOS: Observou-se incidência de 18,5% de náuseas e 8,5% de vômitos no pós-operatório imediato. Observou-se, ainda, correlação entre fatores maiores de risco e ocorrência de NVPO. Não se observou correlação entre tais fatores e a utilização de medicação antiemética profilática, bem como entre sua utilização e a ocorrência de NVPO. Contudo, observou-se tendência à administração de medicação profilática em pacientes jovens do sexo feminino. CONCLUSÕES: A preocupação dos anestesiologistas da instituição com NVPO ficou estabelecida. Contudo, a ausência de correlação entre risco e profilaxia sugere realização empírica e pouco efetiva. Fatores não-avaliados são sugeridos pela ausência de correlação entre NVPO e o uso de antieméticos. Orientação dos anestesiologistas quanto a condutas profiláticas mais eficientes pode aprimorar os cuidados à população atendida.<br>JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Náuseas y vómitos postoperatorios (NVPO) constituyen una complicación frecuente y potencialmente grave que aumenta el tiempo de recuperación postanestésica (RPA) e implica en una insatisfacción de los pacientes. Evaluación del riesgo para NVPO e institución de profilaxis para alcanzar el bienestar de los pacientes, y la reducción de los costes has sido frecuentes en publicaciones médicas. Este estudio de observación evaluó la incidencia, los factores de riesgo y la adecuación y efectividad de la profilaxis para NVPO en la RPA de un hospital-escuela terciario. MÉTODO: Las informaciones obtenidas a partir de historias clínicas y cuestionarios aplicados a los pacientes incluyeron la edad, factores predictibles mayores para NVPO (sexo femenino, historial previo, no tabaquismo, uso postoperatorio de opioides), profilaxis administrada, incidencia de NVPO, tipo de cirugía y anestesia, utilización de óxido nitroso, estado clínico y tiempo de permanencia en la RPA. RESULTADOS: Se observó incidencia de un 18,5% de náuseas y un 8,5% de vómitos en el postoperatorio inmediato. También se observó una correlación entre los factores mayores de riesgo e incidencia de NVPO. No se observó correlación entre tales factores y la utilización de medicación antiemética profiláctica, como tampoco en su utilización y en la incidencia de NVPO. Sin embargo, se observó una tendencia a la administración de medicación profiláctica en pacientes jóvenes del sexo femenino. CONCLUSIONES: La preocupación de los anestesiólogos de la institución con NVPO quedó establecida. Pero la falta de una correlación entre el riesgo y la profilaxis sugiere la realización empírica y poco efectiva. Factores no evaluados se sugieren por la falta de correlación entre NVPO y el uso de antieméticos. Orientación de los anestesiólogos en cuanto a las conductas profilácticas más eficientes puede perfeccionar los con la población atendida.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: Postoperative nausea and vomiting (PONV) is frequent and potentially a severe complication that increases the length of anesthetic recovery and causes patient dissatisfaction. The evaluation of the risk of PONV and institution of prophylactic measures aiming the well-being of patients and cost reduction are frequent in the medical literature. This observational study evaluated the incidence, risk factors, and adjustment and effectivity of the prophylaxis of PONV in the recovery room of a tertiary teaching school. METHODS: Information obtained from patients' records and questionnaires answered by patients included age, major predictive factors for PONV (female gender, history, absence of smoking, and postoperative use of opioids), prophylactic drugs administered, development of PONV, type of surgery and anesthesia, use of nitrous oxide, clinical status, and length of stay in the recovery room. RESULTS: An incidence of 18.5% of nausea and 8.5% of vomiting in the immediate postoperative period was observed. A correlation between major risk factors and the development of PONV was also observed. A correlation between those factors and prophylactic anti-emetic drugs, as well as between their use and the development of PONV, was not observed. However, a tendency to administer prophylactic medication to young female patients was observed. CONCLUSIONS: The concerns of the anesthesiologists of the institution with PONV were evident. However, the absence of correlation between risk and prophylaxis suggests an empirical and ineffective procedure. Factors that were not evaluated were suggested by the absence between PONV and the use of anti-emetic drugs. The orientation for anesthesiologists regarding more effective prophylactic measures can improve care of the population assisted. |
---|---|
ISSN: | 0034-7094 1806-907X |