A ARTE E A TÉCNICA DE TRANÇAR NA PRÉ-HISTÓRIA DE PERNAMBUCO: A Cestaria dos Sítios Alcobaça e Furna do Estrago
Este artigo tem como objetivo primordial chamar a atenção para uma categoria artefatual que tem sido pouco estudada pelos arqueólogos brasileiros, a cestaria, não obstante as informações relevantes que seu estudo pode dar à compreensão de sociedades pretéritas. Visando dar uma contribuição ao tema,...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2017-01-01
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Series: | Clio Arqueológica |
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Online Access: | https://periodicos.ufpe.br/revistas/clioarqueologica/article/view/246499 |
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doaj-9dcc204a813c474ab1a334341b077a572020-11-25T02:14:05ZporUniversidade Federal de PernambucoClio Arqueológica2448-23312017-01-0131210215210.20891/clio.v31i2p102-15228045A ARTE E A TÉCNICA DE TRANÇAR NA PRÉ-HISTÓRIA DE PERNAMBUCO: A Cestaria dos Sítios Alcobaça e Furna do EstragoRodrigo Lessa Costa0Tania Andrade Lima1Departamento de Arqueologia da UnivasfDepartamento de Antropologia do Museu Nacional, UFRJEste artigo tem como objetivo primordial chamar a atenção para uma categoria artefatual que tem sido pouco estudada pelos arqueólogos brasileiros, a cestaria, não obstante as informações relevantes que seu estudo pode dar à compreensão de sociedades pretéritas. Visando dar uma contribuição ao tema, foram analisadas duas coleções arqueológicas recuperadas nos sítios Furna do Estrago e Alcobaça, ambos no interior do Estado de Pernambuco. Foi testada a possibilidade de se identificarem continuidades tecnológicas entre os materiais arqueológicos e os materiais de procedência etnográfica. Para tanto, foram estudados objetos trançados pela etnia Fulni-ô de Águas Belas, Pernambuco, salvaguardadas pelo Museu do Índio no Rio de Janeiro, e também a cestaria produzida pelos indígenas da aldeia Kapinawá, no Vale do Catimbau, igualmente em Pernambuco, em visita feita ao local. Identificou-se que os grupos que ocuparam os sítios acima mencionados compartilharam técnicas de trançado e que uma delas — a técnica cruzada —se manteve no repertório cesteiro de etnias atuais, sobretudo dos Fulni-ô. ABSTRACT This article highlights a category of artifact, basketry, seldom examined by Brazilian archaeologists, despite the potential importance of its study for our understanding of past societies. Seeking to explore this theme, the research analyzed two archaeological collections recovered at the Furna do Estrago and Alcobaça sites, both located in the inland region of Pernambuco state. Testing the possibility of identifying a technological continuum between archaeological and ethnographic materials, the research analyzed objects woven by the Fulni-ô ethnic group of Águas Belas, Pernambuco, kept by the Museu do Índio in Rio de Janeiro, and baskets produced by the indigenous population of Kapinawá Village in the Catimbau Valley, also in Pernambuco. The latter were studied during a visit made to the locale. The research found that the groups who occupied the aforementioned sites shared a number of weaving techniques, one of which – plaiting – also forms part of the basketry repertoire of present-day indigenous peoples, especially the Fulni-ô. Keywords: Prehistoric basketry; basket weaving technologies; Native People of Pernambucohttps://periodicos.ufpe.br/revistas/clioarqueologica/article/view/246499cestaria pré-históricatecnologia trançadaíndios de pernambuco. |
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Este artigo tem como objetivo primordial chamar a atenção para uma categoria artefatual que tem sido pouco estudada pelos arqueólogos brasileiros, a cestaria, não obstante as informações relevantes que seu estudo pode dar à compreensão de sociedades pretéritas. Visando dar uma contribuição ao tema, foram analisadas duas coleções arqueológicas recuperadas nos sítios Furna do Estrago e Alcobaça, ambos no interior do Estado de Pernambuco. Foi testada a possibilidade de se identificarem continuidades tecnológicas entre os materiais arqueológicos e os materiais de procedência etnográfica. Para tanto, foram estudados objetos trançados pela etnia Fulni-ô de Águas Belas, Pernambuco, salvaguardadas pelo Museu do Índio no Rio de Janeiro, e também a cestaria produzida pelos indígenas da aldeia Kapinawá, no Vale do Catimbau, igualmente em Pernambuco, em visita feita ao local. Identificou-se que os grupos que ocuparam os sítios acima mencionados compartilharam técnicas de trançado e que uma delas — a técnica cruzada —se manteve no repertório cesteiro de etnias atuais, sobretudo dos Fulni-ô.
ABSTRACT
This article highlights a category of artifact, basketry, seldom examined by Brazilian archaeologists, despite the potential importance of its study for our understanding of past societies. Seeking to explore this theme, the research analyzed two archaeological collections recovered at the Furna do Estrago and Alcobaça sites, both located in the inland region of Pernambuco state. Testing the possibility of identifying a technological continuum between archaeological and ethnographic materials, the research analyzed objects woven by the Fulni-ô ethnic group of Águas Belas, Pernambuco, kept by the Museu do Índio in Rio de Janeiro, and baskets produced by the indigenous population of Kapinawá Village in the Catimbau Valley, also in Pernambuco. The latter were studied during a visit made to the locale. The research found that the groups who occupied the aforementioned sites shared a number of weaving techniques, one of which – plaiting – also forms part of the basketry repertoire of present-day indigenous peoples, especially the Fulni-ô.
Keywords: Prehistoric basketry; basket weaving technologies; Native People of Pernambuco |
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