Summary: | É relevante o estudo da obra de José J. Veiga (1915-1999) para o campo dos estudos de literatura brasileira, dentre outros motivos, pela provocação que os recursos dedicados ao espaço impõem à leitura de seus contos. Discutiremos o espaço labiríntico em “O Largo do Mestrevinte” desdobrado do conflito adultez racionalizada e o campo de experiência aberto que a criança mobiliza. O espaço cria o movimento necessário ao desenvolvimento do conflito e para que o narrador tenha que fazer as suas escolhas. Do mesmo modo, o espaço funciona para criar as condições para o efeito de transgressão próprio do fantástico no conto “O Largo do Mestrevinte”. Veiga permitiu aproximarmo-nos da noção de heterotopia, e aparece, ainda, propondo questões provocadoras, para os estudos literários, sobre o insólito.
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