O doente mental e a instituição psiquiátrica: a voz do silenciado

Uma observação mais sistematizada do comportamento humano diante da loucura, levou-me a questionamentos acerca do que os indivíduos vistos como loucos têm a dizer sobre a sua própria dinâmica de vida. Delimitei como objeto de estudo o conceito de loucura, segundo a percepção de indivíduos vistos com...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Eleny Alves de Britto Telles
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Enfermagem 2002-02-01
Series:Revista Brasileira de Enfermagem
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672002000100003&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Uma observação mais sistematizada do comportamento humano diante da loucura, levou-me a questionamentos acerca do que os indivíduos vistos como loucos têm a dizer sobre a sua própria dinâmica de vida. Delimitei como objeto de estudo o conceito de loucura, segundo a percepção de indivíduos vistos como loucos, objetivando descrever a fala do indivíduo visto como louco em relação à loucura e analisar a percepção destes indivíduos, em relação ao processo psiquiátrico. Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa. Os resultados obtidos através de entrevista semi-estruturada, demonstram: que a grande maioria dos entrevistados não se considera louco; a prevalência de uma abordagem da loucura pelo lado da estereotipia, da agressividade, da mendicância e da ausência da razão; e que embora considerassem apresentar alguma alteração, não reconheciam em si mesmos a loucura.
ISSN:1984-0446