OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS

As aplicações de persulfato de sódio no uso da tecnologia de remedição por oxidação química in situ vêm proporcionando resultados satisfatórios no que tange à degradação de etenos clorados presentes em aquíferos. Segundo Mackay et. al. (1993[1]), estes compostos, com exceção do cloreto de vinila, sã...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Aline Vilas Boas Delgado, Daniel Cardoso, Everton de Oliveira
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas 2012-01-01
Series:Revista Águas Subterrâneas
Online Access:https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/27571
id doaj-9cb364fb32fe40c4866c3f846181ca80
record_format Article
spelling doaj-9cb364fb32fe40c4866c3f846181ca802020-11-25T01:40:08ZengAssociação Brasileira de Águas SubterrâneasRevista Águas Subterrâneas0101-70042179-97842012-01-010016300OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOSAline Vilas Boas Delgado0Daniel Cardoso1Everton de Oliveira2HIDROPLAN - Hidrogeologia e Planejamento Ambiental LtdaHIDROPLAN - Hidrogeologia e Planejamento Ambiental LtdaHIDROPLAN - Hidrogeologia e Planejamento Ambiental LtdaAs aplicações de persulfato de sódio no uso da tecnologia de remedição por oxidação química in situ vêm proporcionando resultados satisfatórios no que tange à degradação de etenos clorados presentes em aquíferos. Segundo Mackay et. al. (1993[1]), estes compostos, com exceção do cloreto de vinila, são classificados como Dense Non Aqueous Phase Liquids (DNAPL), compostos líquidos imiscíveis mais densos do que a água, e frequentemente são encontrados em grandes profundidades nos aquíferos. A degradação por oxidação dos etenos clorados ocorre pelo rompimento da ligação entre o carbono e o cloro (decloração redutiva). Teoricamente, a degradação iniciada pelo composto PCE, ocasiona a formação do contaminante TCE. Do composto TCE originam-se os contaminantes isômeros do DCE (cis-1,2-DCE, trans-1,2-DCE ou 1,1-DCE) e destes para o CV (USEPA, 1998[2]). O persulfato é um dos oxidantes mais poderosos disponíveis para uso em remediação. O potencial de oxirredução para a reação do ânion persulfato é de 2,01V (HOUSE,1962[3]). O persulfato (S2O8 2-) ativado por substância alcalina, como hidróxido de sódio (NaOH), pode aumentar ainda mais o potencial de oxidação. De acordo com o Institut flür Arbeitsschutz der Deutschen Gesetzlichen Unfallversicherung (IFA, 2007[4]), a densidade do hidróxido de sódio (soda cáustica) é de 2,13 g/cm3. Segundo IFA (2008[5]), em temperatura de 20°C, a densidade do persulfato de sódio é equivalente a 1,20 g/cm3. Neste contexto, Block (2006[6]), na solução oxidante com concentração de 20% em peso de persulfato de sódio apresenta densidade 1,066 g/cm3. Este valor de densidade pode ainda ser muito maior, uma vez que a solubilidade do persulfato a 25ºC é de 42% em peso. Portanto taxas de aplicação a concentrações ainda maiores, teremos densidades mais elevadas. Ao ser aplicado em zonas consideradas fonte de contaminação, isto é, zonas onde encontra-se fase residual de produto retida nos poros quer da zona saturada quanto da zona não saturada, o persulfato deve percorrer a zona da fonte e reagir com o produto, degradando-o. Este processo é constantemente utilizado em projetos considerando-se fluxo horizontal do composto aplicado,quando na zona saturada. Por apresentar densidade significativamente maior do que a da águasubterrânea, principalmente se aplicado em concentrações elevadas, espera-se uma componente vertical significativa no seu movimento. Estas considerações foram observadas em campo e são apresentadas neste trabalho, onde expusemos os resultados de um estudo de caso em uma área contaminada por etenos clorados, localizada no bairro Jurubatuba na cidade de São Paulo/SP (HIDROPLAN, 2012[7]), objetivando corroborar esses conceitos.https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/27571
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Aline Vilas Boas Delgado
Daniel Cardoso
Everton de Oliveira
spellingShingle Aline Vilas Boas Delgado
Daniel Cardoso
Everton de Oliveira
OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS
Revista Águas Subterrâneas
author_facet Aline Vilas Boas Delgado
Daniel Cardoso
Everton de Oliveira
author_sort Aline Vilas Boas Delgado
title OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS
title_short OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS
title_full OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS
title_fullStr OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS
title_full_unstemmed OBSERVAÇÃO DE EFEITOS DE DENSIDADE NA SOLUÇÃO OXIDANTE DE PERSULFATO DE SÓDIO EM AQUÍFERO INTERGRANULAR E AQUÍFERO FRATURADO CONTAMINADO POR ETENOS CLORADOS
title_sort observação de efeitos de densidade na solução oxidante de persulfato de sódio em aquífero intergranular e aquífero fraturado contaminado por etenos clorados
publisher Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
series Revista Águas Subterrâneas
issn 0101-7004
2179-9784
publishDate 2012-01-01
description As aplicações de persulfato de sódio no uso da tecnologia de remedição por oxidação química in situ vêm proporcionando resultados satisfatórios no que tange à degradação de etenos clorados presentes em aquíferos. Segundo Mackay et. al. (1993[1]), estes compostos, com exceção do cloreto de vinila, são classificados como Dense Non Aqueous Phase Liquids (DNAPL), compostos líquidos imiscíveis mais densos do que a água, e frequentemente são encontrados em grandes profundidades nos aquíferos. A degradação por oxidação dos etenos clorados ocorre pelo rompimento da ligação entre o carbono e o cloro (decloração redutiva). Teoricamente, a degradação iniciada pelo composto PCE, ocasiona a formação do contaminante TCE. Do composto TCE originam-se os contaminantes isômeros do DCE (cis-1,2-DCE, trans-1,2-DCE ou 1,1-DCE) e destes para o CV (USEPA, 1998[2]). O persulfato é um dos oxidantes mais poderosos disponíveis para uso em remediação. O potencial de oxirredução para a reação do ânion persulfato é de 2,01V (HOUSE,1962[3]). O persulfato (S2O8 2-) ativado por substância alcalina, como hidróxido de sódio (NaOH), pode aumentar ainda mais o potencial de oxidação. De acordo com o Institut flür Arbeitsschutz der Deutschen Gesetzlichen Unfallversicherung (IFA, 2007[4]), a densidade do hidróxido de sódio (soda cáustica) é de 2,13 g/cm3. Segundo IFA (2008[5]), em temperatura de 20°C, a densidade do persulfato de sódio é equivalente a 1,20 g/cm3. Neste contexto, Block (2006[6]), na solução oxidante com concentração de 20% em peso de persulfato de sódio apresenta densidade 1,066 g/cm3. Este valor de densidade pode ainda ser muito maior, uma vez que a solubilidade do persulfato a 25ºC é de 42% em peso. Portanto taxas de aplicação a concentrações ainda maiores, teremos densidades mais elevadas. Ao ser aplicado em zonas consideradas fonte de contaminação, isto é, zonas onde encontra-se fase residual de produto retida nos poros quer da zona saturada quanto da zona não saturada, o persulfato deve percorrer a zona da fonte e reagir com o produto, degradando-o. Este processo é constantemente utilizado em projetos considerando-se fluxo horizontal do composto aplicado,quando na zona saturada. Por apresentar densidade significativamente maior do que a da águasubterrânea, principalmente se aplicado em concentrações elevadas, espera-se uma componente vertical significativa no seu movimento. Estas considerações foram observadas em campo e são apresentadas neste trabalho, onde expusemos os resultados de um estudo de caso em uma área contaminada por etenos clorados, localizada no bairro Jurubatuba na cidade de São Paulo/SP (HIDROPLAN, 2012[7]), objetivando corroborar esses conceitos.
url https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/27571
work_keys_str_mv AT alinevilasboasdelgado observacaodeefeitosdedensidadenasolucaooxidantedepersulfatodesodioemaquiferointergranulareaquiferofraturadocontaminadoporetenosclorados
AT danielcardoso observacaodeefeitosdedensidadenasolucaooxidantedepersulfatodesodioemaquiferointergranulareaquiferofraturadocontaminadoporetenosclorados
AT evertondeoliveira observacaodeefeitosdedensidadenasolucaooxidantedepersulfatodesodioemaquiferointergranulareaquiferofraturadocontaminadoporetenosclorados
_version_ 1725046859160879104