Summary: | De 184 pacientes submetidos à ventrículo-auriculostomia com a válvula de Holter, 39 apresentaram complicações infecciosas. Em 18 casos ficou demonstrada a existência de ependimite e/ou meningite e em 21 instalou-se o quadro da bacteremia. Apesar das complicações, a ventrículo-auriculostomia continua a ser a técnica cirúrgica mais usada no tratamento da hidrocefalia. Com melhor seleção dos casos, excluindo-se doentes com meningite recente ou com fistula liquórica, os resultados poderão ser melhores. Ainda não se conseguiu método seguro para abolir a contaminação operatória. Nos casos em que existe ependimite deve-se iniciar tratamento antibiótico intensivo, seguido de retirada do sistema de drenagem. Nos doentes com bacteremia apenas, a remoção da válvula e cateteres dependerá da gravidade do caso e da resposta ao tratamento com antibióticos e corticosteróides, podendo ser adiada por algum tempo. Quando a infecção é causada por germe reconhecidamente patogênico há maior gravidade, devendo-se retirar precocemente o sistema de drenagem.
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