Dermatoses em indivíduos infectados pelo vírus HIV com diferentes graus de imunossupressão Dermatoses in HIV-infected patients with different degrees of immunosuppression

FUNDAMENTOS: A contagem sangüínea de linfócitos T Helper CD4+ e o número de cópias de RNA viral são marcadores laboratoriais da progressão de imunodeficiência induzida pelo vírus HIV. OBJETIVOS: Relacionar os marcadores do grau de imunidade em infectados pelo HIV aos aspectos clínicos das dermatoses...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Fernando Cardoso, Heloísa Ramos, Márcio Lobo
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Dermatologia 2002-12-01
Series:Anais Brasileiros de Dermatologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962002000600004
Description
Summary:FUNDAMENTOS: A contagem sangüínea de linfócitos T Helper CD4+ e o número de cópias de RNA viral são marcadores laboratoriais da progressão de imunodeficiência induzida pelo vírus HIV. OBJETIVOS: Relacionar os marcadores do grau de imunidade em infectados pelo HIV aos aspectos clínicos das dermatoses neles presentes. MÉTODOS: A amostra compreendeu 172 pacientes, submetidos a quantificações de linfócitos T CD4+ e CD8+, pela técnica de citometria de fluxo; quantificações de RNA viral pela técnica de amplificação de ácidos nucléicos (Nuclisens). Foram classificados em pacientes com e sem imunossupressão acentuada, a partir da classificação clínico-laboratorial da infecção pelo HIV do CDC/1992. RESULTADOS: O percentual médio da pele atingida pelas dermatoses foi 12,5% e a média do número de dermatoses por doente foi 2,08. As dermatoses neoplásicas e do grupo miscelânia predominaram nos indivíduos com valores de linfócitos T CD4+•200 células/mm³, enquanto valores de linfócitos T CD4+>200 células/mm³ em pacientes com infestações por artrópodes. CONCLUSÃO: O número de dermatoses por doente mostrou ser marcador da evolução de imunossupressão (p=0,003). A extensão percentual da pele atingida por dermatoses não se prestou a medir gravidade das dermatoses em infectados pelo HIV (p=0,6058). As contagens de linfócitos T CD4+ e CD8+ e da carga viral foram eficientes medidores do grau de imunossupressão dos infectados com dermatoses (p=0,003).<br>BACKGROUND: The T-helper CD4+ lymphocyte blood count and number of viral RNA copies are laboratory markers tracing the progression of HIV-induced immunodeficiency. OBJECTIVES: Relate the markers indicating the varying degree of imunity in HIV-infected patients to the clinical aspects of the dermatoses present. METHODS: The sample consists of 172 patients, who were submitted to quantifications of T CD4+ and CD8 lymphocytes by the cytometric flow technique as well as quantifications of viral RNA by the nucleic acid amplification technique (NucliSens). They were classified in patients with or without accentuated immunosuppression, based on the CDC-1992 clinic and laboratory classification of HIV infection. RESULTS: The average percentage of skin afflicted by dermatoses was 12.5% and the average number of dermatoses per patient was 2.08. Neoplasic dermatoses and dermatoses of the miscellaneous group predominated in individuals with CD4+ T •200 cells/mm³ lymphocyte values, whereas CD4+ T >200 cells/mm³ lymphocyte values predominated in patients infected by arthropods. CONCLUSION: The number of dermatoses per patient proved to be a marker for the course of immunosuppression (p=0,003). The percentage of skin extension affected by dermatoses did not lend itself to measuring the severity of dermatoses in HIV-infected patients (p=0,6058). The CD4+ T and CD8+ T and viral load lymphocyte count were efficient measurers of the degree of immunosuppression in dermatosis-infected patients (p=0.003).
ISSN:0365-0596
1806-4841