<b>Arte e Mídia: aproximações e distinções</b>
Se é verdade que toda arte é feita com os meios de seu tempo, a artemídia representa a expressão mais avançada da criação artística atual. Hoje, cada vez mais, os artistas lançam mão de câmeras, computadores, sintetizadores para construir suas imagens, suas músicas, seus textos, seus ambientes. De...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Pontíficia Universidade Católica de São Paulo
2007-02-01
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Series: | Galáxia |
Online Access: | https://revistas.pucsp.br/galaxia/article/view/1289 |
Summary: | Se é verdade que toda arte é feita com os meios de seu tempo, a artemídia representa
a expressão mais avançada da criação artística atual. Hoje, cada vez mais, os artistas
lançam mão de câmeras, computadores, sintetizadores para construir suas imagens,
suas músicas, seus textos, seus ambientes. De repente, nos damos conta de uma multiplicação
vertiginosa de trabalhos realizados com pesada mediação tecnológica. Naturalmente,
as técnicas, os artifícios, os dispositivos de que se utiliza o artista para conceber,
construir e exibir seus trabalhos não são apenas ferramentas inertes, nem mediações
inocentes, indiferentes aos resultados, que se poderiam substituir por quaisquer
outras. Eles estão carregados de conceitos, eles têm uma história, eles derivam de condições
produtivas bem determinadas. A artemídia, como qualquer arte fortemente determinada
pela mediação técnica, coloca o artista diante do desafio permanente de se
contrapor ao determinismo tecnológico, de recusar o projeto industrial já embutido nas
máquinas e aparelhos, evitando assim que sua obra resulte simplesmente num endosso
dos objetivos de produtividade da sociedade tecnológica. Ela traça uma diferença nítida
entre o que é, de um lado, a mera produção industrial de desenhos agradáveis para as
mídias de massa e, de outro, a busca de uma ética e uma estética para a era eletrônica.
Palavras-chave artemídia, meios de comunicação de massa, mediação tecnológica
Abstract When we consider that the art of every era is made using the media available at
that time, it follows that the media arts represent the most advanced expression of
current artistic creation. Today, more than ever, artists are using cameras, computers,
synthesizers to construct their images, their music, their texts, their environments.
Suddenly, we have become aware of the dizzy amount of works all around us created with a heavy dose of technological means. Naturally, the techniques, the methods, the
devices that the artist uses to conceive, construct and exhibit works of art are not mere
inert tools, nor innocent means indifferent in regard to the results, which can be
interchanged at will by any number of other means. They are charged with concepts,
zthey have a history, they derive from well-defined productive conditions. The media
arts, as any art strictly determined through technical means, present the artist with the
permanent challenge of counterposing himself or herself against technological determinism,
of refusing the preconfigured operative models built into the devices, thus
assuring that the resulting artwork is not a mere endorsement of the objectives of
productivity of the technological society. They delineate a clear border between what
is, on the one hand, mere industrial production of agreeable designs for the mass media,
and on the other, the search for an ethics and an aesthetics for the electronic era.
Keywords media arts, mass media, technological mediation |
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ISSN: | 1519-311X 1982-2553 |