Estimativa da população em unidades de conservação na Amazônia Legal brasileira: uma aplicação de grades regulares a partir da Contagem 2007

Neste artigo é testado um método para aumentar a resolução de dados censitários e apresentá-los agregados em uma grade regular. A metodologia empregada é composta pela agregação dos domicílios representados por suas coordenadas geográficas obtidas pela Contagem da População do Instituto Brasileiro d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Álvaro de Oliveira D'Antona, Maria do Carmo Dias Bueno, Ricardo de Sampaio Dagnino
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Estudos Populacionais 2013-12-01
Series:Revista Brasileira de Estudos de População
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982013000200004&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Neste artigo é testado um método para aumentar a resolução de dados censitários e apresentá-los agregados em uma grade regular. A metodologia empregada é composta pela agregação dos domicílios representados por suas coordenadas geográficas obtidas pela Contagem da População do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2007 e pela desagregação dos dados por setor censitário utilizando proporcionalidade de área. Os dados assim gerados foram usados para estimar a população residente em 114 unidades de conservação da Amazônia Legal brasileira, criadas até 2006, de modo a testar a metodologia em unidades territoriais que não seguem os limites político-administrativos, nem aqueles das unidades territoriais de coleta utilizados pelo IBGE. Esta metodologia também contribui para os estudos de população em áreas protegidas, dada a escassez de estimativas do volume da população em unidades de conservação. Os resultados mostraram uma população nas unidades selecionadas de 325.398 habitantes, sendo 297.693 em unidades de Uso Sustentável e 27.705 em unidades de Proteção Integral; no entorno estimou-se uma população de 1.020.237 habitantes. Apesar de limitações inerentes ao uso da Contagem 2007, a agregação de dados em grades revela-se como uma metodologia bastante promissora, tendo em vista os avanços no emprego das geotecnologias por parte do IBGE desde então. A grade minimiza problemas observados no uso de unidades administrativas ou de coleta para a espacialização dos dados censitários e apresenta-se como uma abordagem com grande potencial de aplicação na Demografia e em outras áreas do saber.
ISSN:0102-3098